CRÔNICAS

Como nós, velhos, brincávamos: uma aula na EDEM

Em: 26 de Março de 2017 Visualizações: 37476
Como nós, velhos, brincávamos: uma aula na EDEM

  

"I am  out of the game. I am ready, my Lord"

(Leonard Cohen)

- "Tuturubim tetê tique-taque tambarola teje dentro teje fora". 

Fora? Fora quem? Era assim que, no bairro de Aparecida, em Manaus, a gente escolhia, nos anos 1950, quem ficaria na berlinda ou ocuparia lugar de destaque nas brincadeiras. Essa fórmula de sorteio, que a TV substituiu por "uni duni tê", foi ressuscitada nesta terça (21) na escola EDEM, em Laranjeiras, no Rio, numa aula para crianças do 1º ano do Ensino Fundamental. Aos seis anos, elas estão estudando as fases da vida e se interessaram em conhecer a rotina de um idoso. Esse velhinho aqui, quase septuagenário, foi escolhido para conversar com a turma, atendendo indicação de sua neta à professora.

- Te comporta, vovô - advertiu minha neta.

Por causa dela, eu me comportei. Durante uma hora, as crianças me bombardearam com dezenas de perguntas para comparar as nossas respectivas infâncias. De saída, um menino com cara sapeca me provocou:

- Você era muito bagunceiro?

Fui sincero:

- Muito! Aprontei muuuuuito! Eu tocava o terror -  respondi sem disfarçar o orgulho.

O menino abriu um sorriso cúmplice e sacana, pedindo detalhes. Mas a expressão discretamente aflita da professora me fez omitir as travessuras, que só conto em particular para minha neta (e assim mesmo longe dos pais dela), porque afinal, sem insubmissão não haveria História. Além do mais, alguém tem de ensinar - que seja o avô - que uma transgressãozinha aqui e ali pode fazer um bem danado à vida, à sociedade e ao insubmisso. Em certas circunstâncias, bien sûr. Ah, se os soldados nazistas tivessem aprendido a desobedecer!

Uma menina: - Você lembra o nome da sua primeira professora?

A pergunta me permitiu recuperar lá do fundo do baú uma freira inesquecível, a irmã Cecília e, com ela, organizar a memória da infância, de seu jardim e de seu quintal.

O que é Mbaravija?

Queriam saber como era meu trabalho de professor de gente grande na UERJ e na UNIRIO. Nada disse sobre as aulas na graduação e na pós. Por ser monotemático, lhes falei dos cursos de formação de professores indígenas que ministro. Mostrei o livro Maino´i rapé - o caminho da sabedoria, que fizemos com os professores guarani. As crianças adoraram um cartaz bilíngue guarani x português com adivinhações: "Mbaravija, Mbaravija? - O que é, o que é?", editado pelo Museu do Índio. Acertaram quase todas as adivinhações com que os velhos guarani desafiam os netos.

- Na sua época tinha dinossauros? - me perguntou uma menininha linda, quando soube que no mundo da minha infância não existiam tablets, celular, videogame, internet, computador, televisão, shopping. Coitadinho do vovô! Como é, então, que eu brincava? Desafiado, fiz uma enorme lista parecida ao Jogos Infantis, o óleo sobre tela do Pieter Bruegel, o Velho, com crianças em roupas alegremente coloridas se divertindo na praça, no jardim, nas ruas, dentro de casa e até na beira do rio, colecionando mais de 80 brincadeiras de sua época, o século XVI.

O velho Bruegel certamente se entusiasmaria com alguns  brinquedos amazônicos caseiros: óculos de caroço de marimari, time de botão e bolinha de gude de tucumã, pião da goiabeira, curica de papel, telefone de caneca de leite condensado, trator de lata redonda cheia de areia atravessada por arame, aro de bicicleta rodado com vareta. Havia ainda brincadeiras mais universais: perna de pau, barra bandeira, macaca (amarelinha), queimada ou cemitério, cabo de guerra, 31 alerta, manjalé, alguns descritos por Thiago de Mello em seu Manaus, Amor e Memória

Tinha brincadeira sazonal. Na época das chuvas, milhares de tanajuras, fêmeas das saúvas, voavam à tardinha, buscando acasalar. Corríamos em bandos, cada um com uma lata, gritando repetidas vezes como numa ladainha: "Cai, cai tanajura, tua bunda tem gordura". A autonomia de voo delas era pequena. Caíam, atordoadas. Com farinha, dava uma farofa supimpa. Isso o Walter Benjamin faria nas ruas de Berlin, se lá existissem formigas aladas.

Estreita, estreitinha

A brincadeira que os Makuxi deixaram para a atividade motora das crianças amazonenses foi a do Gavião e da Galinha, personagens representados pelas duas crianças maiores. Detrás da galinha se enfileiravam os pintinhos. Diante deles, o gavião, aos pulos de um lado ao outro, atacava:

- Quero comer galinha assada.

A galinha e os pintinhos se defendiam e respondiam em gritos cadenciados, sempre saltitando:

- Não há de comer, não há de comer.

De um por um, o gavião vai pegando sempre a última criança da fila, que passa a pular detrás dele. O jogo termina quando a galinha fica sozinha.

As brincadeiras eram quase sempre iniciadas com vários tipos de sorteio como o tuturubim. Um deles trazia a voz do mundo rural e católico, separando sílaba por sílaba:

- Fui no mato cortar lenha, santo Antônio me chamou, quando santo chama a gente, que fará o pecador? Anambu, Anambu, quem está fora és tu, Anabela, Anabela, quem está fora é ela.

Brinquei muito de ciranda com minhas nove irmãs e me preparei psicologicamente para pagar o mico na EDEM cantando cantiga de roda. Na minha memória constavam várias:

- "Esta menina que está na roda, já tem idade, idade de casar", "Bom dia, Vossa Senhorinha, matutiro, tirulá",  "Pombinha quando tu fores, me escreve pelo caminho", "Pombinha branca, o que estás fazendo?" "Janeiro vai, janeiro vem, tu és de todas de mim também", "Machada minha machadinha", "Onde mora a bela condessa" ou "Eu sou leiteira, eu sou leiteira, eu vendo leite, na cidade de Lisboa".

Não foi possível cantar porque o tempo se esgotou. No final, me pediram para deixar uma brincadeira para a turma. Hesitei entre "Berlinda", "Tome esse anelzinho e não diga nada a ninguém" e "Larga, Estreita, Estreitinha". Optei pela última. As crianças ficam todas sentadas, aquela que for sorteada pergunta à primeira delas:

- Você quer comprar fita?

Diante da afirmativa, nova pergunta:

- Fita larga, estreita ou estreitinha?

Se a resposta for "larga", as duas crianças trocam um abraço. "Estreita" um aperto de mão" e "Estreitinha" um beijo na bochecha. O jogo, que revela as relações de afeto, de cumplicidade e de distanciamento, prossegue até a última criança. Quando era com a Socorro da dona Maria Rosa, eu sempre respondia:  "Estreitinha".

Dentro do jogo

Fiz uma única pergunta à turma: para que serve um avô? As respostas foram as mais variadas, mas o suficiente para perceber a importância das relações do avô com seus netos e netas. Duas gracinhas que não fiz, mas tive vontade: 1) Não, na minha infância não tinha dinossauros, só na época do Sarney. 2) No tuturubim tetê gostaria muito que a última sílaba caísse em Michel Temer.

O Brasil seria outro se o modelo da Escola Dinâmica do Ensino Moderno (EDEM) pudesse se espalhar pela escola pública como na França, onde professoras aposentadas são convocadas para contar histórias na escola, teatralizando a narrativa e recuperando a memória oral em uma sociedade digitalizada. Esse espaço de liberdade, essa integração família e escola é o que alguns professores índios também estão fazendo, chamando os velhos para apoiá-los.  

O tempo da aula e da vida passou rápido. De qualquer forma, as crianças da EDEM me fizeram sentir que ainda não estou fora do jogo. O professor normalista que sou, formado no Curso Pedagógico do Instituto de Educação do Amazonas, aluno de Orígenes Martins e Mercedes Ponce de León, se sentiu realizado. Ao contrário do Leonardo Cohen, I am not out of the game, I am not ready, my Lord.

P.S. - As crianças querem saber como se brincava na Angola e em Portugal. Querido Nuno Pereira, a bola agora é tua, mas por favor, te comporta.

OBS. - Agradeço o convite da professora Daianne Xavier. As crianças estão em boas mãos. As fotos foram feitas pela Assessoria de Audiovisual EDEM 2017.

P.S. Ver também: Copa do Mundo: o jogo indígena na escola Oga Mitá - https://www.taquiprati.com.br/cronica/1402-copa-do-mundo-o-jogo-indigena-na-escola-oga-mita

 

  

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33 Comentário(s)

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Maria Paula Araujo (via FB) comentou:
28/03/2017
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Çara Mar (via FB) comentou:
28/03/2017
Lindas experiências , me lembrei ate de uma professora no jardim da infância , seria muito bem vindo em compartilhar um pouco das vivências para as criançadas da Aldeia Educadora. Amei
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Nelson Peixoto (via FB) comentou:
28/03/2017
José Bessa você é um genial vovó, capaz de rolar e cantar com a criançada reeditando suas traquinagens! Quando vieres em Manaus ja estás convidando para uma sessão de tiqui taqui tambarola ... mas com todos dentro e ninguem de fora .. inclusão total das famílias!
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Juliane Queiroz Odinino (via FB) comentou:
28/03/2017
Muito legal! Estamos com um projeto de extensão por aqui, em Santa Catarina, de reviver experiências de infância de antigamente, com a participação de grupos da maturidade e de crianças, vamos criar um repertório de brincadeiras e cantigas para que as novas gerações possam acessa-las, vivencia-las e recria-las, da boniteza deste enlace intergeracional, pelo filtro do que há de mais divertidamente essencial, extraordinário, performático e autêntico desta experiência! Isso aí
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Marlete comentou:
27/03/2017
Nossa, que leitura prazerosa, um verdadeiro resgate a infância! Descrito por um adulto que soube ser criança!
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Eneida comentou:
27/03/2017
Adorei! Me fez lembrar da minha primeira professora: quantas saudades. Fico feliz por sua neta ter um vovô como vc! Parabéns e felicidades!!!
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Marcelo Abreu (via FB) comentou:
27/03/2017
Massa demais isso de ser convidado por Ana para dar aula... não to querendo ser avô rápido não - ouviu Manoela Cotta? - mas que deve ser legal, deve...
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Barbara Arisi (via FB) comentou:
27/03/2017
de onde vem o uni-duni-te? sempre achei que era uma maneira simples de dizer um-dois-tres em algum dialeto italiano... será?
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Ale Marques comentou:
27/03/2017
Nossa, incrível essa aula. Tão simples, as escolas poderiam adotar esse tipo de troca de saberees, nem que fosse uma vez por mês.
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Rita comentou:
26/03/2017
Que texto mais delicioso! Querido Bessa, Sei q vc não tem idade pra Isso, mas mesmo assim: Vc quer ser meu vovô?
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Luiza Helena (VIA fb) comentou:
26/03/2017
Como deve ter sido rico para todos na escola! Quase septuagenário ou não, você é 10! Muito bom ver a tua alegria entre essas crianças!
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Graça Helena Souza (via FB) comentou:
26/03/2017
Guenta coração!!Velhinho?Onde?!!! Encontro,memorias e relato,potentes!Que bom te reencontrar Bessa!
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Agenor Sarraf comentou:
26/03/2017
Bessa é um exemplo vivo e marcante do ser educador. Ele é o próprio Funes, o memorioso, no chip dele tudo cabe, nada se apaga. Parabéns por você existir entre nós, meu amigo, semeando afeto, sabedoria e lições de vida.
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Magnólia Brasil Barbosa do Nascimento comentou:
26/03/2017
Parabén à EDEM e, principalmente, à professora Daianne Xavier pelo convite feito ao Professor José Bessa! Que sorte a desses aluninhos colegas de sua neta! Li a crônica muito emocionada e até agora não consegui amansar a emoção! Que bom que haja, ainda, escolas abertas à presença de um professor sensível, sábio e que ama dividir seus conhecimentos! Estou encantada e com uma vontade enorme que o Colégio Miraflores,, de Niterói, tenha a sorte de receber a visita do Bessa para uma conversa assim com seus alunos! Meus netos vão amar! E a avó, aqui, mais ainda! Longa vida ao Professor Bessa! longa vida a essa Escola maravilhosa! Que seja possível a multiplicação de seu modelo, para o bem de nossas crianças e a garantia de um Brasil melhor!
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Karla Estelita Godoy comentou:
26/03/2017
Que sorte a delas, dessas crianças!!!
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Marilza De Melo Foucher comentou:
26/03/2017
O vovó subversivo tá com a memória intacta e a pedagogia ativada, atualizada e criativa
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Artelet Schubert (via FB) comentou:
26/03/2017
Querido jose José Bessa! Que texto lindo, leve, denso. Serelepe e como um curumin! Gratidão por nos trazer tao lindas memorias e inspirações pro nosso oficio cada vez mais irrelevante pra esse governo ilegitimo e que mostra seu desprezo ao povo! Gracias mestre!
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Lori Altmann comentou:
25/03/2017
A história da farofa de tanajura me fez lembrar nossa filha Pamalomid no tempo (década de 1980) da aldeia kulina de Maronauwa, alto Purus. AC. \"Na época das chuvas, milhares de tanajuras, fêmeas das saúvas, voavam à tardinha, buscando acasalar\". Ela corria com as crianças kulina, cada uma com uma cuia e depois me trazia para torrar e se deliciar. Bela experiência junto a netas/os, que a longevidade nos permite.... Bessa parabéns pelo texto, em especial pelo link com os povos indígenas.
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Marco comentou:
25/03/2017
Sem transgressão não há solução!! Isso é que é avô: lembrei do meu! :)
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Jane Mello (via FB) comentou:
25/03/2017
Por onde anda a Socorro da dona Maria Rosa, que depois de sair do bairro de Aparecida foi minha vizinha durante dois anos e em seguida desapareceu?
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Maria Elisa Bessa comentou:
25/03/2017
Muito legal! Uma vez fiz uma leitura do \"Histórias para minha tia dormir\" , numa Escola pública em Manaus... Foi maravilhoso!
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Danielle Bastos Lopes comentou:
25/03/2017
Passo aqui só para dizer que li, e aproveito para informar que no CAp UERJ tem uma professora que criou o projeto de Iniciação à Docência, ** Pensando Culturas Ameríndias , fruto da insubmissão das aulas bessianas e eu e minha turma de 3 ano do Ensino Fundamental e bolsistas queremos essa presença também. <3 <3 No CAp UERJ estamos te esperando !!!! Epyta Porã
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Renata Póvoa Curado (via FB) comentou:
25/03/2017
Que maravilha!!! Gostaria de ter participado tb dessa conversa especial e ter aprendido tantas brincadeiras novas
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Maria Aurora Cano comentou:
25/03/2017
Essa parte poética da História, que não faz parte do currículo escolar, circula no universo da oralidade. Essas brincadeiras em que participam ativa e coletivamente todas as crianças estão presentes no DNA delas. Por isso compete aos avós detonar essa memória como contraponto ao isolamento digital e ao individualismo. Para isso, entre outras coisas, servem os avós.
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Esther Arantes comentou:
25/03/2017
Lindo texto Bessa. Parabéns por ser tão disponível. As crianças devem ter amado a visita.
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Maria Elisa Ladeira (via FB) comentou:
25/03/2017
No meu tempo, em Sampa, escolhíamos com o pomponeta peta peta peta peruge, pomponeta peta peta peta peti. Abraço
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Ana Stanislaw comentou:
25/03/2017
Que bonitinho!! Linda e rica experiência. Realmente, com as crianças renovamos a nossa bateria e aí fica difícil ser liquidado no jogo. Parabéns!!!
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Graziela Caleffi (via FB) comentou:
25/03/2017
Legal. As crianças devem ter adorado.
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Jô Gondar comentou:
25/03/2017
Que delícia de crônica e que delícia de experiência!
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Alfredo Morel (via FB) comentou:
25/03/2017
Emocionte trazer um.pouquinho do \"Conselho de Anciões\" pra escola!
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Conceição Campos (VIA fb) comentou:
25/03/2017
Varre-varre vassourinha / com uma folha de rainha / Cunho viquinho de 21 / Que bate na barra de 22 / Mingorro mingorro que dá no forro / Forro forrete no c do cadete / Por aqui passou um inglês / Com uma carta violês / Pico pico 23 / Carteiro que manda carta / Manda carta de uma vez!
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Céu Bessa (via FB) comentou:
25/03/2017
Me senti uma vovó na sala de aula, nesse teu relato. Adoraria contar às crianças da geração tecnológica sobre minha infancia Dá até nome de filme
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Juliana Venturelli (via FB) comentou:
25/03/2017
Que rica experiência para as crianças! Que vovô legal a Ana e a Maia têm!!!! Mas afinal pra que serve um avô!??? Rsrs
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