CRÔNICAS

O buchuchu no forever do Jorge Viana

Em: 16 de Fevereiro de 2014 Visualizações: 45346
O buchuchu no forever do Jorge Viana

- Mister, do you know buchuchu? What does it mean?

A pergunta feita assim, à queima-roupa, por um jornalista estrangeiro surpreendeu o acreano Altino Machado, ex-repórter do Estadão, do JB e da Folha de SP, editor do blog mais lido da Amazônia. O gringo o procurou quando preparava matéria sobre a história do terrorismo no Brasil. Queria entender o sequestro do embaixador norte-americano no Rio, em 1969, e sua relação com um menino chamado Jorge Viana, que interrompeu a própria festa de aniversário, lá em Brasiléia (AC), e saiu correndo com as calças nas mãos, em louca disparada pelo Seringal Carmen, soltando um grito lancinante:

- Buchuchuuuuuu! Buchuchuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

No dia 20 de setembro de 1969, Jorge Ney Viana Macedo Neves, hoje senador (PT/AC), completava dez aninhos. Era apenas um menino, mas não subestimemos crianças manipuladas por terroristas. Buchuchu, assim como trubufu, podia ser uma ofensa à dona Yolanda, mulher do M.al Costa e Silva, o ditador moribundo. Por isso, era altamente suspeitosa aquela fuga desabalada em direção à fronteira da Bolívia, então sob a presidência de um defensor dos direitos humanos, Luis Adolfo Salinas. Será que Jorginho buscava asilo lá, após afrontar a primeira dama, a trubufu do Planalto?

Naquele dia, os "três patetas" da Junta Militar assinaram a nova Lei de Segurança Nacional, que penalizava o terrorismo verbal e censurava o uso de palavras foneticamente explosivas como buchuchu e trubufu. Foi aí que o gringo, intrigado, endereçou a pergunta à pessoa certa. Não é por ser meu amigo não, mas Altino é reconhecidamente o maior buchuchuólogo da Amazônia, quiçá do Brasil e das Américas, não seria exagero dizer do planeta. Ele domina ciência e saber popular. Num inglês fluente, com sotaque arretado de acreano, deu uma aula de buchuchuologia para o gringo.

Meleca de cachorro

Começou citando Barbosa Rodrigues, um botânico que morou em Manaus, no século XIX, e classificou o buchuchu como planta arbustiva de caule cilíndrico da família Melastomatacea, segundo a ciência, ou da família Culimpácea, segundo a sabedoria popular. Qual a origem desses nomes? Melastoma vem do grego e significa 'boca manchada'. É que seus frutinhos roxos e adocicados, quando ingeridos, deixam a língua e os lábios azulados, quase pretos, como se fosse tinta de caneta azul, azul caneta.

- E Culimpácea? - quis saber o gringo, mas Altino se esquivou, hesitando em entregar o ouro ao bandido. Explicou que o importante é saber que essa família botânica possui mais de 5.000 espécies, das quais 1.500 existem no Brasil, entre elas as que recebem os nomes populares de meleca-de-cachorro, roxinha-do-brejo, orelha-de-burro, canela-de-velho, pixirica (em tupi algo assim como "boca pintada") e tantos outros nomes poéticos citados por Adriano Lima na tese de doutorado em Biologia Tropical sobre o inventário florestal do Amazonas, defendida no INPA em 2010.

Altino, consagrado buchuchuólogo, revelou para um gringo atônito outras propriedades essenciais da planta, que frutifica de julho a setembro e cujos frutos, parecidos com a jabuticaba, quando maduros, são muito apreciados pelos passarinhos, particularmente as pipiras e os sanhaços que pousam nos ramos cor de chumbo para bicá-los. Rico em vitamina C, o buchuchu faz milagres na medicina caseira como antiescorbútico. O chá de suas folhas regula o ritmo cardíaco, cura infecções urinárias e moléstias da pele.

- O buchuchu cresce espontaneamente em capoeiras e nos solos arenosos e úmidos da mata atlântica e da Amazônia, onde reforça a economia doméstica e a culinária com a fabricação de suco, sorvete, geleia, licores, polpa congelada, picolé, din-din e sacolé, do you understand, mister? - concluiu Altino.

Culimpácea

Sim, o mister underes-entendia, estava encantado com as mil e uma utilidades da planta, mas o mistério persistia, o que ele queria saber é por que Jorge Viana correu no seringal, com as calças na mão, gritando buchuchu. Qual a relação daquilo com o terrorismo?

 - Why buchuchu? Uái, sô?

Altino convocou uma espécie de "junta médica" virtual formada por três buchuchuólogos que o assessoram - o botânico Evandro Ferreira, o sertanista José Meirelles e esse locutor que vos fala, modesto inventor de histórias. Decidiu-se que era melhor abrir o jogo, revelando ao gringo a propriedade mais útil do buchuchu para os povos da floresta, ainda não mencionada, sem a qual o grito de Jorginho era incompreensível.

- Mister, elucidaremos o que aconteceu. A folha do buchuchu, longo-peciolada, mede até 15 cm de comprimento por 5 a 7 cm de largura. É sedosa e, por isso, muito apreciada por quem vai ao mato sem papel higiênico. Quando a gente se aperta, no meio da floresta, e quer "derrubar um barro", cata a folha e vai pro pau da gata. Depois de aliviar as tripas, limpa o 'forever' com a folha do buchuchu, do you understand? Quando criança, em Cruzeiro do Sul (AC), usei muito - confessou Altino.

- Eu também - reforçou Meirelles, confirmando que o povo classifica a família do buchuchu como Culimpácea, porque os pelinhos da folha acariciam o 'forever'. Se a China descobrir essa propriedade, vai plantar buchuchu pra chuchu e exportar para a Venezuela, onde o papel higiênico está em falta.

Estava, enfim, explicado o grito de Jorge Viana. Ele trocou as bolas. Embora botânicos assegurem que "as folhas do buchuchu são facilmente reconhecíveis pelas nervuras paralelas ao longo da lâmina foliar", aos olhos do leigo elas se parecem com qualquer outra. Jorginho se equivocou e usou uma folha rugosa de urtiga, serrilhada, cheia de pelos urticantes. Deu comichão e irritação no seu 'forever'. Com a rabiola coçando, doendo,  queimando, ardendo, incendiando, ele correu desesperado pedindo aos berros: - buchuchu, buchuchu. Tentando tirar o fiofó da seringa, atravessou vários seringais e foi parar em Cobija.

No forever alheio

Essa história, que já faz parte da tradição oral, é contada até hoje no antigo Seringal Carmen, onde ainda ecoa o grito: "buchuchuuuu". O fato interferiu na vocação de Jorge, que ia estudar medicina com o irmão Tião, mas acabou cursando engenharia florestal na UnB, para se especializar no tema e superar o trauma. Já formado, assessorou o movimento dos trabalhadores rurais e seringueiros, quando conviveu com sindicalistas e ambientalistas como Chico Mendes, um autêntico buchuchu. Ele era um dos nossos. Foi prefeito, governador e senador pelo Acre, mas acabou caindo nos braços das urtigas.

Na floresta, hoje, se tiver que se "aliviar", Jorge Viana usará corretamente o buchuchu, porque pagou caro com o próprio 'forever'. No entanto, isso não acontece na selva do senado, onde ele confunde politicamente as famílias Culimpácea (ficha-limpa) com Urticacea (ficha suja). Lá, nesta semana, no meio da histeria pela morte de um jornalista, ele defendeu a aprovação de uma espécie de AI-5 padrão FIFA, a "lei antiterror", inócua para combater o terrorismo classificado de forma tão ampla que engloba tudo, mas útil para perseguir adversários políticos e para reprimir os movimentos sociais, de onde Viana tirou originariamente sua força.

O PT publicou nota oficial assinada pelo presidente nacional, na qual toma distanciamento do senador Viana, isolando-o. A nota, ambígua, proclama, por um lado, as virtudes do buchuchu, mas por outro, ameaça usar a urtiga, como bem avaliou a jornalista Leda Beck, insigne buchuchuóloga.

No que lhe diz respeito, Jorge Viana continua fazendo - com o perdão da palavra - cagadas. Está fazendo muita merda. No entanto, em vez de se limpar com buchuchu, recorre à aliança com as urtigas: sarney, calheiros, barbalhos e jucás, mas passa no nosso 'forever' e não no deles. No Senado, Jorge Viana continua tirando o loló da seringa. That's the question, Mister.

P.S. - A história do seringal, aqui narrada, é a expressão mais acabada da verdade, somente da verdade, nada mais que a verdade. Há testemunhas. O referido é verdade e dou fé.

P.S. 2 - Para Alfredo Lopes, amigo querido, na resistência, com afeto.

 

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30 Comentário(s)

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Jorge Novoa comentou:
17/01/2023
BESSA é realmente um mestre no nível de João Ubaldo e Garcia Marques na arte de escrever crônicas. O homem pega um fato banal, aparentemente banal, e faz uma análise da história dos anos 1960 e da conjuntura atual e, sem perder a ternura, explica o passo à passo de como não usar urtiga - por aqui se pronuncia ortiga, no próprio forever…!!! E tudo isto de forma muito bem humorada que só um Ribamar a BESSA consegue fazer.
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Osvaldo Makui comentou:
01/12/2018
A aldeia se chamava Kaipon, nome de um igarapé de água cristalina que fica na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no norte de Roraima, a mais de 320 kms de Boa Vista. Mudou de nome para TICOÇA, em 1978, depois do aniversário de dois anos de uma das filhas do Bento. Ele convidou índios e vaqueiros de fazendas viznhas para a festa. Um vaqueiro encheu os cornos de pajuarú e a pança de carne gorda do churrasco. Teve caganeira. Foi no mato, fez o serviço e limpou o fiofó com uma folha de ferrão, que é como em Roraima se chama a urtiga. Gritou com o ardor e a coceira. Aí o Lauro, cunhado do Bento, lhe disse: - Te coça, te coça. Todo mundo em coro começou a gritar: - Te coça, te coça. Desde então a comunidade passou a se chamar Ticoça. Pode olhar no mapa, que ela está lá com esse nome.
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Altemar (Blog do Altino) comentou:
02/08/2017
Nao desmerecendo nosso conterrâneo ilustre, mas o do Cotia Risonha ainda é o melhor. Procurem por fioforum cotiae.
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Carlos Floresta (Blog do Altino) comentou:
02/08/2017
Deus do Céu, que texto é esse?!?! Talvez o melhor que li por aqui! Parece um roteiro de filme! Hilária e genial a historinha do pequeno grande ditador que se "acidentou" com a urtiga. No "tocante" à urtiga, a experiência de Jorgito em tão tenra idade não lhe fez fixar que se você se enganar, a plantinha, não se engana. Jorgito em suas alopradas ações e propostas arde em meio a um grande urtigal. Guenta, Jorgito, que eleitor é urtiga!
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Márcia Camarão comentou:
02/08/2017
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Silvana (Blog do Altino) comentou:
02/08/2017
Esse Ribamar é demais !! como pode alguém escrever assim, com tanta propriedade da política acreana e fazer a gente rolar de rir, e acreditar que qualquer semelhança é mera coincidencia,aqui na república do Acre. Bom de ler, pra se adquirir mais cultura do florestal amazonico. Valeu....Altino, sempre peneirando o melhor jornalismo aqui.
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Isaac Melo (no blog do Altino) comentou:
02/08/2017
Texto de mestre. Parabéns, Bessa! É o que temos de melhor na Amazônia: no Pará, Lúcio Flávio; no Amazonas, Ribamar Bessa; e no Acre, Altino Machado. Trindade do jornalismo amazônico. Abraços!
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Tiago Moura comentou:
02/08/2017
. "Macho que é macho limpa a bunda com urtiga", e olha que o senador nem gaucho é.
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Valdely Kinupp comentou:
22/11/2014
Fantástica. Buxixu é um ótimo papel higiênico alternativo, mas é melhor fruto pequeno e subutilizado no Brasil. Vide o livro das PANC para detalhes: www.plantarum.com.br Abração e parabéns pelo texto botânico. Val Kinupp Contato de Valdely Kinupp
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Edson Querco (via FB) comentou:
22/02/2014
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Altino Machado (via FB) comentou:
22/02/2014
Às vezes o velho Bessa escreve, a galera curte e não surge nenhum comentário idiota. Mas quando isso acontece, ele copia os comentários idiotas e cola no Taqui pra ti. Ele adora levar porrada.
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Idelber Avelar comentou:
21/02/2014
José Bessa escreve, de novo lindamente, sobre Jorge Viana, o buchuchu e buchuchuólogo Altino Machado. Texto fodástico da porra:
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Felipe José Lindoso comentou:
17/02/2014
Gênese do AI-5 "Padrão Fifa" que o Jorge Viana quer inventar, desmerecendo seu passado. Veja as utilidades do buchuchu e o que um erro botânico pode produzir.
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João Carlos comentou:
17/02/2014
Babá, a crônica, como sempre, está maravilhosa. Estou cada vez mais estarrecido. Só falta o PT apoiar o Jair Bolsonaro. Como disse meu vizinho um dia: tu ainda vais ver essa turma do PT agir igualzinho ao PDS/ARENA. O poder é assim..."filosofou". Junior, parece que tu tens razão, estás morrendo de rir de mim, o dia já chegou.
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Frederico Falcão comentou:
17/02/2014
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Leda Beck (via FB) comentou:
17/02/2014
Ri à Bessa com a parábola ferina e ainda fiquei honrada com minha promoção a "insigne buchuchuóloga"!
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Gleice Antonia (via FB) comentou:
17/02/2014
Recomendadíssimo!!!! Além de inteligente e informativo, é pra rolar de rir
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Waldemir Soares (via FB) comentou:
17/02/2014
Os Partidos que compõem o Governo Federal precisam apreender a trabalhar com as críticas e a reavaliar seu conceito de democracia
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Renato Gavazzi comentou:
16/02/2014
Que maravilha Bessa!!! Mas que cacaga do Jorge Viana!!!!
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Daniel Pierri comentou:
16/02/2014
Urtiga no forevi dos outros é trauma de infância do eminente Senador Jorge Viana,
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Alessandro Cândido comentou:
16/02/2014
Professor Bessa, se eu acreditasse em "bola de cristal" e na possibilidade de por ela vermos o presente e o futuro, certamente diria que você tem uma guardada para descrever de forma tão coerente e realística os fatos da vida. Bom, como não acredito em tal objeto espetacular, nossa independência política permite-nos olhar com seriedade os acontecimentos sórdidos (pintados de dourados para se aparentar importantes) maquiavélica e interesseiramente produzidos pelo ilustre dinasta, que vão do Acre à Brasília. Mas, o Acre começa a clamar por buchuchu, por reconhecer que ele é bem diferente da família das culimpáceas. Admirado Bessa, parabéns pela sua leitura analítica e sintonia com essa parte do país.
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Eloisa Winter Nascimento (via FB) comentou:
16/02/2014
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Sérvulo Sv (via FB) comentou:
16/02/2014
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Sérvulo Sv (via FB) comentou:
16/02/2014
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Júnior Mota Pinheiro (via FB) comentou:
16/02/2014
Nunca um texto me prendeu tanto a atenção quanto este. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Nara Nara (via FB) comentou:
16/02/2014
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Vânia Novoa Tadros comentou:
16/02/2014
Crônica muito criativa. Só não concordo que o Jorge Viana tenha divulgado essa proposta de novo AI5 sem a autorização do PT. O presidente do partido foi que, ao sondar a repercussão negativa da ideia nas redes sociais, deixou o Viana com a urtiga na boca e postou de divergente. Há tempos que venho observando tentativas de sufocar a democracia do Brasil.
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paulo comentou:
15/02/2014
“no meio da histeria pela morte de um jornalista”, é incrivel ler isto escrito por quem narrou a batalha do igarapè de Manaus
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Eneida Simoes da Fonseca comentou:
15/02/2014
Coitadinho do nosso forever! Beijos, querido Prof. Bessa!
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Ana Stanislaw comentou:
15/02/2014
Maravilhoso, Bessa sempre certeiro e afiado. É quem ti viu, quem te ver em Jorge Viana!
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