CRÔNICAS

Carta à Dilma anuncia o descobrimento de Brasília

Em: 21 de Abril de 2013 Visualizações: 64560
Carta à Dilma anuncia o descobrimento de Brasília

À Dilma Rousseff, Presidenta da República

Senhora,
Posto que os caciques e outros dos nossos não encontraram Vossa Excelência no Palácio do Planalto quando ali foram pessoalmente dar-lhe notícia do achamento desta terra nova, não deixarei eu de contar-lhe como melhor puder, ainda que para o bem contar e falar seja eu o pior de todos indicado. Tome, porém, minha ignorância por boa vontade e creia por certo que, para aformosear ou afear, não escreverei aqui mais do que aquilo que me pareceu e o que vi nos telejornais, na mídia e nas redes sociais.
Senhora, há cinco séculos, o escrivão da frota Pero Vaz de Caminha, em carta ao rei de Portugal, D. Manuel, o Venturoso, noticiou que portugueses, navegando em caravelas, "descobriram" o Brasil em 22 de abril de 1500 e "foram recebidos com muito prazer e festa" pelos habitantes locais, "muitos deles dançando e folgando, uns diante dos outros". O escrivão descreveu como viviam os nativos, sua aparência física e os adornos que portavam.
Cinco séculos depois, autonomeado que fui escrivão dos povos originários, escrevo na primeira pessoa do plural para informar-lhe que provenientes de diferentes regiões do Brasil, nós, 600 índios de 73 etnias, transportados por ônibus, desembarcamos na Câmara dos Deputados, em 16 de abril de 2013 e "descobrimos" Brasília, uma terra em que se mamando, tudo dá.
Não recebemos, porém, tratamento festivo, embora buscássemos contato pacífico com a tribo local dos deputados, formada exclusivamente por caciques que não caçam, não pescam, não plantam, mas comem em excesso. Glutões, seus hábitos alimentares e sua ociosidade fazem com que acumulem gordura no abdômen. São gordos, roliços e enxundiosos, com barriga flácida e proeminente. Apesar do intenso calor, cobrem suas vergonhas com tecidos quase sempre escuros, usam tira de pano apertada no pescoço e escondem o chulé dentro de mini-canoa de couro, uma em cada pé.
Brado retumbante
Eles acham que tal aparência lhes dá respeitabilidade. Têm a cabeça raspada até por cima das orelhas. Quem não é careca usa nos cabelos tintura castanho-avermelhada de acaju ou tinta preta como as penas do jacamim, o que lhes dá um brilho metálico e, aos nossos olhos, uma aparência decrépita. Acontece que um deles, Francisco Escórcio Lima (PMDB/MA vixe, vixe) registrou nossa chegada não como "descobrimento", mas como "invasão". As imagens da TV Câmara gravaram seu brado retumbante:
- "Os índios estão ali forçando para invadir o plenário. É uma situação em que todo mundo está com medo" - gritava da tribuna, ofegante, Chiquinho Escórcio, pálido, encagaçado, se borrando todo, semeando o pânico.
E olhe, Senhora, que a situação devia estar mesmo periquitomena, pois Chiquinho Escórcio, um empresário de 65 anos, ex-PFL e ex-PP (vixe²), é um parlamentar aguerrido que não foge do pau. Ele está acostumado, no pequeno expediente, a fazer discursos eloquentes sobre temas de transcendental importância para os destinos do país, conforme as atas da Câmara, que registram tudo com palavras desenhadas no papel, já que aqueles oradores têm o pensamento cheio de esquecimento.
Consultamos o penúltimo discurso (27/04/2013), quando Chiquinho demonstrou coragem desassombrada e usou sua convincente oratória para anunciar ao Brasil e quiçá ao mundo a presença naquele momento, no plenário, da prefeita do município de Chapadinha (MA), Ducilene Belezinha. Foi um discurso epistemologicamente inesquecível.
Mas não ficou aí. Foi muito mais longe. O site da Câmara reproduz discurso anterior (05/11/2012) no qual, sem medo à represália, Chiquinho demonstra insatisfação com o desempenho do Vasco da Gama no Campeonato Brasileiro de Futebol. Ele, que sempre jogou no campo dos louvaminheiros de qualquer base governista, mostra que é capaz, se preciso for, de uma postura abertamente oposicionista. Copiamos da página dele no site da Câmara um breve trecho da sua fala esclarecedora e patriótica:
"O SR. FRANCISCO ESCÓRCIO (PMDB-MA. Sem revisão do orador): - O que está havendo com o nosso Vasco da Gama, Deputado Onofre? Nós temos que ajeitar isso. Não é possível! Temos que chamar Roberto Dinamite aqui e perguntar: "Roberto, o que está acontecendo?" Depois que lhe fizemos aquela homenagem toda, o Vasco da Gama caiu pelas tabelas. Vamos dar uma ajeitada naquele time, porque é o time de coração de quase todos nós que somos brasileiros".
Senhora, juramos que não estamos a inventar, queremos ver nossa mãe mortinha no inferno se mentimos. Nem sabemos quem é Onofre, nem Ducilene Belezinha no jogo do bicho. Sabemos que torcedores invejosos do Flamengo são incapazes de avaliar a relevância de tal discurso, assim como não dimensionam o valor de outra peça de oratória de Chiquinho em homenagem ao Dia do Dentista (22/10/2012). A retórica dele mataria de inveja o padre Antônio Vieira.
Vale a pena pagar um salário de deputado ao Chiquinho, um puta orador, cujo verbo inflamado está a serviço das grandes causas. São discursos históricos que deveriam ser impressos em cartilhas e ensinados nas escolas. Por isso, Chiquinho está cheio de comendas: medalhas da Câmara Municipal de Chapadinha, da Ordem dos Timbiras e do Mérito Sarney "for important services rendered to the Brazilian people", conforme anunciou o The Chapadinha Times, que destaca a contribuição por ele dada ao conceito de heroicidade.
Se gritar pega deputado
Quando nós, índios, entramos no plenário, o discurso de Chiquinho provocou debandada geral, corre-corre, fuga em massa, como quando os apaches, nos filmes americanos, atacam a cavalaria. Bastou gritar "pega deputado", não ficou um, meu irmão! Foi um Deus-nos-acuda, um pega-pra-capar, um barata-voa, que não foi sequer dificultado pela pança untuosa e obscena dos fugitivos. As imagens da TV Câmara correram mundo e nos foram enviadas por uma amiga equatoriana lá de Quito, sugerindo que escrevêssemos esta carta.
Nós, índios, que descobrimos Brasília, desarmados, portando apenas maracás, queríamos tão somente solicitar ao presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB/RN, vixe vixe) a não instalação da comissão que pretende travar, no Congresso, a demarcação das terras indígenas através da proposta de emenda constitucional. Temos consciência de que não podemos disputar com temas de vital importância como a crise do Vasco da Gama ou o desfile heróico da Ducilene Belezinha.
No entanto, como não existe nenhum índio deputado, nós fomos lá exercer democraticamente um direito de pressão. Com um cocar azul, uma das nossas, Sônia Guajajara, exigiu a revogação da proposta de emenda constitucional:
- "Nós, povos indígenas, não vamos permitir que uma minoria da sociedade brasileira - esses ruralistas e grandes empresários - seja maior do que nossos territórios. Vamos lutar até o fim" - disse Sônia.
Com o auxílio de um tradutor, Raoni Metuktire, líder caiapó, soltou o verbo: "Nunca vou aceitar desmatamento nas terras indígena, nunca vou aceitar a construção de usina na área indígena, nunca vou aceitar mineração dentro de nossas terras".
Obtivemos êxito momentâneo: a medida foi suspensa por seis meses. Resta perguntar: de quem fugiam os deputados?
- "Na correria, alguns parlamentares tinham mais medo de suas consciências do que dos manifestantes "armados" com penas e maracás" - escreveu a nossa ex-senadora Marina Silva, que presenciou as "cenas cômicas e tristes" e a reação à "invasão" indígena. Depois que os trabalhos foram suspensos, o deputado Abelardo Lupion (DEM/PR - vixe²), agropecuarista e empresário, denunciou à TV Câmara:
- Nunca vi um desrespeito à democracia como vi hoje.
Embora tenha 61 anos, o deputado Lupion parece não ter visto o golpe militar de 1964, nem tomado conhecimento das torturas e assassinatos cometidos durante vinte anos no Brasil. Fundador e presidente da UDR no Paraná, em 1987, condecorado pelas Polícias Militares de vários estados como Alagoas, Rio de Janeiro e Brasília, Lupion encara como legítimo o lobby do agronegócio, mas considera "desrespeito à democracia" pressões pacíficas de índios e trabalhadores rurais. Ignora que - a frase não é nossa - "todos brasileiros têm sangue índio. Os pobres, nas veias; os ricos, nas mãos".
Senhora, posto que a Certidão de Nascimento do Brasil, que foi a carta de Caminha, termina solicitando a transferência do genro do autor da Ilha de São Tomé, queremos reafirmar esse lado sarney do caráter nacional. Assim, comunicamos que um sobrinho nosso conhecido pela alcunha de Pão Molhado trabalha como analista do Seguro Social na Agência da Previdência Social de Maués (AM). O filho dele, de três aninhos, o Biscoitinho Molhado, vive em Manaus, longe do pai, de cuja atenção carece. Peço, portanto, a V. Exa., que desloque o Pão Molhado para Manaus.
E se alonguei essa carta, me perdoe, porque o desejo que tinha de vos dizer tudo, me fez por assim pelo miúdo.
Embora o Governo Dilma tenha sido implacável com os índios, engavetando processos de demarcação para agradar a bancada ruralista, beijamos as mãos de Vossa Excelência na esperança de que elas assinem documentos que garantam o usufruto de nossas terras como manda a Constituição. Do contrário, advertimos que já descobrimos Brasília e o Palácio do Planalto. O referido é verdade e dou fé. Assinado: Taquiprati Vais No Caminho, autonomeado escrivão dos índios.   
 
P.S. - O link das imagens gravadas pela TV Câmara, enviado do Equador por Gabriela Bernal: http://www.facebook.com/photo.php?v=477768542289401&set=vb.272904466109144&type=2&theater

 

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69 Comentário(s)

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Walfredo Rego (via FB) comentou:
06/05/2013
Taqui, pra ti, minha cumplicidade Um dia desejei escrever com a mesma naturalidade, sutileza e sabedoria como o mestre José Ribamar Bessa Freire escreve. Muita pretensão para este caboclo lá de Itacoatiara; desejei, ainda, ter uma cultura tão universal quanto a do José Bessa, que conhece praticamente tudo sobre nativos e não nativos e diferentes culturas. Uma das características dos maninhos da Velha Serpa é achar que tudo é possível. Outra pura pretensão cabocla. Me contentei, depois que a 'ficha caiu', que jamais seria um José Bessa. Contentei-me em ser um fã e leitor assíduo do escritor das mais inteligentes e transformadoras crônicas publicadas no Amazonas, sob o título tupiniquimbarelizado: Táqui, prá ti. Nelas encontramos o casamento perfeito da crítica política e social, escritas com o mais apurado e fino bom humor, de um mestre que não fez concessões, não medrou e disse o que queria dizer, e o que o povo precisava saber. De acordo com a informação em uma postagem no facebook, são mais de 1000 crônicas publicadas (a de número 2006 traz o título: Carta à Dilma anuncia o descobrimento do Brasil). Por fim, quero registrar que é uma honra estar compartilhando nossas ideias com o mestre Ribamar nesta rede social. Quero continuar aprendendo, mesmo via facebook, com este educador itinerante, que oficialmente atracou sua canoa em Niterói, mas deixou o coração livre para continuar convivendo, defendendo e amando os povos da floresta. Um amazônico abraço, companheiro da manhã, José Bessa!
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Professora Ningrith Vertu (FB) comentou:
27/04/2013
Texto brilhante! Obrigada por postar e nos dar a oportunidade de apreciar esta obra tão reflexiva. Estarei divulgando no Colégio!
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Diego Oliveira (via FB) comentou:
27/04/2013
"Todos brasileiros têm sangue índio. Os pobres, nas veias; os ricos, nas mãos" ... muito bem recuperada a frase pelo professor José Bessa; mais um texto genial!!! Obrigado, mestre!
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Ana Silva comentou:
25/04/2013
O Caminha jamais escreveria uma carta dessas. Realmente, sensacional! O Chiquinho deveria gritar aos quatro cantos do mundo e denunciar as invasões de madeireiros, garimpeiros e tantos outros nas terras indígenas. Denunciar as mortes de lideranças indígenas que lutam por suas terras, por uma vida pautada no jeito de ser e viver indígenas. Sinceramente, ao ver as imagens da TV Câmara sentimos vergonhosa e nojo desses canalhas! Obrigada Bessa!
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Ana Paula Moura (em Portal Cultura em Movimento) comentou:
24/04/2013
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Carlos Beltrão do Valle comentou:
24/04/2013
Parabéns bessa por mais uma crônica e pela sua luta em defesa dos índios, ajudando a diminuir o preconceito, a intolerância e o estigma contra eles, que ainda hoje é grande, o que é extremamente vergonhoso para um país com a nossa história. Mostra que não assimilamos nem aprendemos com os erros do passado. Essa crônica e os comentários, como o da Regina Abreu, me fizeram refletir sobre a necessidade dos índios de ocuparem os espaços, devem de corpo presente sempre nos processos decisórios do país, ao invés de serem delegados por engravatados... Um abraço!
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Euclides Fonsêca comentou:
23/04/2013
Parabenizo-o por tão inusitada carta...nada a acrescentar. Resta a nós, brasileiros, tomarmos vergonha na cara e em 2014 ( esquecer COPA DO MUNDO ) e voltar LIMPO para tirarmos do senário político os que implantaram no país o CAOS na segurança, na saúde, nos transportes, nas escolas. Contato de Euclides Fonsêca
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Hans Alfred Trein comentou:
23/04/2013
Caro Bessa. Uma belezura com sal, pimenta, ironia - o que mais nos resta? - e uma medida certeira. Uma olhadela no histórico pessoal e familiar dos desabalados em fuga pode explicar o apavoramento. Tenho a impressão que o pavor está muito mais na subconsciência, talvez já tenha contaminado os arquétipos. A frase do sangue nas veias ou nas mãos é muito oportuna. Penso que ela também deveria desencadear um debate, para que a gente possa superar, nos dias que correm, a sua natureza estática. Na diversidade brasileira não temos apenas o preto ou o branco, mas diversos tons de cinza (e não são apenas 50). Os povos indígenas têm aliados, em cujas veias não corre sangue indígena no sentido biológico, mas no sentido cultural, do compromisso com a justiça e com a diversidade. Pode ser que seus/meus antepassados participaram direta ou indiretamente do sangue indígena nas mãos. Contudo, isso é mutável, e a hora convoca todos e todas a rever seus aprendizados e suas posturas, para descobrir o potencial e a riqueza que é para uma nação em construção a superação de injustiças históricas e a reconciliação na diversidade. Caro Bessa, seus textos sempre provocam analogias e reflexões. É a função precípua de um professor da gema! Muito agradecido! Abraço, Hans Alfred Trein
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Maria das Graças Costa Silva comentou:
23/04/2013
Simplesmente amei a carta. Parabéns ao Bessa Freire, como sempre formidavel. Digo isso porque leio as publicações que tenho acesso e todas são maravilhosas.
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marília comentou:
23/04/2013
Esta sim, é uma excelente aula de história para nosos alunos. Parabéns ao autor da crônica- Bessa! Contato de marília
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Simone Gomes Firmino (em Portal Cultura em Movimento) comentou:
22/04/2013
Muito boa a crônica. Estamos precisando de mais cartas assim para nossos "representantes" políticos!
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Marcos O. Bezerra comentou:
22/04/2013
Um primor! Passará para a história com a de Caminha. A cada leitura gosto mais...Ganhei o dia!
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Ana Suelly comentou:
22/04/2013
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Carlos borromeu comentou:
22/04/2013
Eu vejo que falar nos indios. vem de todos os lados, mas para mim que morei na aldeia,ó que não se v é quem leve até eles melhora á vidas deles,hoje os indios moram ou ,vão as cidades todas as semanas,quem vem do ext fazer campanha contra as barragens,deveria trazer os projétos,ó que devemos fazer é se unir,governo etdads,e mudar para melhor á vida dos indios,porque todo mundo fala em idios mas ninquem f algo de concréto á favor dos indios. Contato de Carlos borromeu
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Marcos Aguiar comentou:
22/04/2013
Muito bom Bessa! Bom à beça! Marcos Aguiar - Projeto Indios na Cidade - Opçao Brasil Contato de Marcos Aguiar
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Darci Secchi comentou:
22/04/2013
Mandou bem, Bessa. No matreiro estilo Caminha, aponta um dos mais sérios ataques aos povos indígenas já registrados desde aquela Carta. Mas não é a primeira tentativa. Em anos passados, o senador por Mato Grosso, Antero Paes de Barros (PSDB) já havia armado uma arapuca semelhante. A tirar pelos deputados citados no seu texto (e por tantos outros que lhes fazem coro), a aprovação dessa Emenda seria uma pá de cal nas novas demarcações. O evento de Brasília e a sua divulgação no TAQUIPRATI foram muito oportunos.
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Terezinha Furtado comentou:
22/04/2013
Muito bom, Bessa Freire! os Deputados só falam em Democracia do lado de lá, mas se fazem de cegos e surdos aos direitos dos índios e dos pobres. Organizações Indígenas, força na luta, desistir nunca.
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José Alcimar de Oliveira comentou:
21/04/2013
Texto oportuno e inteligente. Bessa, você sabe manejar, com precisão e alto nível, a saudável e necessária ironia nesse país refém da baixa política, com forte vocação para o ridículo: tudo que pode (também) ser combatido pelo riso. índios e não índios, com mãos limpas e consciência irredenta, subescrevemos esta carta.
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iedalva comentou:
21/04/2013
José , vou partilhar sua crônica , na minha página , muito bem escrita e aceita , obrigada Iedalva
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Isabela comentou:
21/04/2013
Bessa, quero guardar essa como coisa preciosa.
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Claudia Dias Guarani Kaiowa comentou:
21/04/2013
Excelente texto, ligeiro e rasteiro. Bom de se ler! Gostei!
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Urda comentou:
21/04/2013
PÔR A BANDALHA DO CONGRESSO PRA CORRER É FÁCIL. É SÓ SE VESTIR DE ÍNDIO. Leia o texto do Ribamar Bessa Freire ou click no linque: : http://www.facebook.com/photo.php?v=477768542289401&set=vb.272904466109144&type=2&theater e veja como é fácil impedir que os deputados continuem usurpando seus direitos de cidadão. Chame seus amigos e vizinhos também lesados por esses vagabundos, e dê um cocar pra cada um. Em qualquer loja de fantasias se pode encontrar cocares a preços módicos. Xaxará também é barato. Compre logo uma grossa que sai a preço de atacado. Uma grossa são 12 dúzias, mas você nem precisa de 144 amigos vestidos de índios, uns 20 ou 30 já dá para fazer medo na corja. E o restante dos xaxarás guarda pra próxima necessidade. Veja aí. Não requer prática nem habilidade e sai barato. O custo mais alto é o da viagem, mas é só a turma se cotizar que compensa. Compensa porque a cada corre-corre desses na Câmera, é menos sacanagem que aprontam com o povo. Ou seja: com seus amigos e com você.
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cineostra comentou:
21/04/2013
Escrivão Vais de Caminha, talvez possamos manter a pena entintada para anotar o descobrimento indígena das escolas não índias. O dia do índio é festejado nas aldeias guarani de Aracruz, no Espírito Santo, com o clima delirante das escolas fechadas. Por falta de professores e merendeiras as escolas diferenciadas das aldeias mandam seus alunos mais cedo para casa. Alguns jovens desmotivados saem à procura de estudo fora das aldeias. Outros permanecem prejudicados. O perigo é as escolas das aldeias não prosseguirem, fecharem por falta de interesse antes mesmo de alcançarem a potência no funcionamento dificílimo da Educação com a preservação da tradição.
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gerusa pontes de moura comentou:
21/04/2013
Professor um dia eu gostaria ter pelo menos 1/3 da sua capacidade para poder escrever assim sobre nossos irmãos, é vergonhoso ver estes deputados falarem de cidadânia, eles desconhecem o significado real, não sei como conseguem dormir, a coragem como os índios enfrentam as situações conflitantes é de tirar o chapéu, que OXALÁ os proteja.
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Clovis comentou:
21/04/2013
Caro Bessa, brilhante seu artigo, tivemos o prazer de acompanhar ao vivo e a cores o empoleiramento dos deputados. Queria lembrar que o Lupion é neto do governador do PR que em 1949 tirou cerca de 80% das terras dos Kaingang daquele estado e até o momento continuam nas mãos de ruralistas. Dilma também correu...ao saber que os indígenas se dirigiam ao Palácio do Planalto apressou sua viagem a Venezuela, quando os indígenas chegaram na frente ela fugiu pelos fundos. Os deputados esquecem que não é apenas o plenário que é constitucionalmente inviolável, os direitos indígenas também o são.
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21/04/2013
Babá, essa foi para deixar muita gente babando com a flechada certeira, e outro tanto também babando de raiva. Bom a BESSA. Por outros mundos possíveis. Por um Brasil verdadeiramente democrático, em que se respeite todo tipo de diversidade, e no qual haja a concretização dos direitos de oportunidade. Em tempo, subscrevo a missiva. Contato de Falcão Vasconcellos (Luiz Gonzaga)
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Ademario Ribeiro comentou:
21/04/2013
O que muitos queriam dizer e temos muito feito para que essa Senhora nos ouça, ora, foi dito com as letras que esperamos "ela" saiba lê-las na íntegra, antes que os pançudos de várias origens - ruralistas e do agronegócio ampliem os males que são!
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Mauro (via fb) comentou:
21/04/2013
Bessa como sempre insuperável! Lindo texto. Assino embaixo e recomendo!"
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Elaize Farias comentou:
21/04/2013
Serei repetitiva no elogio, mas... que texto genial e espirituoso do José Bessa. De necessária leitura.
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Oiara (via FB) comentou:
21/04/2013
A todos os amigos, amigos de amigos, conhecidos e desconhecidos, aconselho vivamente a leitura deste texto de José Bessa.
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Oiara (via FB) comentou:
21/04/2013
facebook Olá José, Oiara marcou você em uma publicação. A todos os amigos, amigos de amigos, conhecidos e desconhecidos, aconselho vivamente a leitura deste texto de José Bessa.
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rosilene cabral comentou:
21/04/2013
Maravilhosa!!!!! Uma das suas melhores cronicas.
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Marta 9via fb) comentou:
22/04/2013
Fantástica, Concordo com a Rosi, está entre as melhores! Vou utilizá-la para trabalhar intertextualidade com os meus alunos, já que no momento estamos estudando literatura de informação.
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LETICIA comentou:
21/04/2013
"Mas de quem fugiam os deputados?" Da sombra deles mesmos
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J Claro Santos (Blog QTMD) comentou:
21/04/2013
Indios pacíficos... ta bom, eu acredito em papai noel J.Claro Santos, de Diadema
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Maria comentou:
21/04/2013
Senhor J Claro Santos: sim “pacificos”, no sentido de não querer mais do que ter seus direitos reconhecidos. desde a colonia, a sociedade branca nunca soube dialogar com as populações indígenas. trataram essas populações com profundo desrespeito. a performance de “violência” dos indigenas é de ordem cultural, e traduz uma situação de incorformismo e desespero mais que legítimos. há 5 séculos vendo seus parentes serem mortos, suas terras roubadas, suas mulheres estupradas, seus rios contaminados…. acho que você também nao seria “pacífico”.
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Florencio Vaz comentou:
21/04/2013
"todos brasileiros têm sangue índio. Os pobres, nas veias; os ricos, nas mãos". Brilhante esta crônica do nosso sempre inspirado Bessa. Os índios e os cidadãos brasileiros todos agradecemos.
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Andrea Sales comentou:
21/04/2013
Diante de tais reações parlamentares, nos resta descobrir em que dia a política nacional e alguns desavisados exercerão o respeito a nós indígenas. Sugiro que este dia seja feriado!Iporã ete pela crônica Bessa.
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Estevão Martins Palitot (via FB) comentou:
21/04/2013
Mais uma vez José Bessa se supera numa crônica brilhante sobre os nossos (e outros) tempos!!!!
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Thiago de Mello comentou:
21/04/2013
Do culhão roxo, o vozeirão da verdade. Do cacete, mais do que paid'égua.
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Fabiana Silva (via FB) comentou:
21/04/2013
Gente esse texto do professor José Bessa está muito bom!!! Vai ser usado na aula sobre ética q dou no pre-vestibular comunitário na comunidade do Dois Irmãos/DC. Vale a pena ler: "desembarcamos na Câmara dos Deputados, em 16 de abril de 2013 e “descobrimos” Brasília, uma terra em que se mamando, tudo dá."
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Laércio Alves comentou:
21/04/2013
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Eliane Miqueletti comentou:
21/04/2013
Ótimo texto, autentico e comprometido. Parabéns pela luta.
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Juliana Venturelli (via FB) comentou:
21/04/2013
meu professor José Bessa, mandando carta e cacetada!!!
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Mborore Iguazú comentou:
21/04/2013
Profundo y maravilloso texto...Estimado José...Esperemos que la "conciencia" de los políticos empiece a despertar... Aguyje!!!
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Fátima Arcoverde comentou:
21/04/2013
Sem palavras diante de tão inteligente pronunciamento!! Demais!!!!!!!!!!!!
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Cristina Terra comentou:
21/04/2013
BESSA, bom à beça!!! Saudações!!! -))->
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M.de M.Foucher comentou:
21/04/2013
Esta carta nao deve ser dirigida somente a Presidenta do Brasil, mas para o POVO brasileiro afinal, os indios ocuparam a casa do POVO pacificamente.Solicitaram que o POVO reconheça os indios como um POVO. Esta mesma casa que aceitou retirar da constituiçao o artigo que consideravam os indios como deficientes (incapazes) e passou a admitir que o POVO indigena é normal e tem direito a usufruir de outros DIREITOS. Esses direitos so foram ortogados porque o POVO criou varios grupos de pressao criando varias organizaçoes sociais que proporam uma nova constituiçao para a republica democratica. Hoje o Povo que ocupou a casa de outro POVO nao queria provocar nenhuma guerra justa, ele so queria falar com a GRANDE CHEFA, ela nao se encontrava na casa do POVO pois ela vive em outra casa, ali so têm os representantes eleitos pelo POVO. Os representantes nem todos sao iguais, existem muitos que nao sao dignos representate de seus povos, sao caciques que nao defendem sua tribo, apenas gostam de mostrar que tem PODER de fazer o que ele quer e no fundo sao saudosistas da velha constituiçao da época da ditadura que considerava os indios sem direitos e sob tutela delas. O POVO indigena depois que a ditadura acabou tem seus direitos garantidos na constituiçao. A Presidenta Dilma que teve seus direitos banidos na certa nao permitira que o POVO INDIGENA tenha um dos seus direitos banidos: o do acesso a TERRA. A Pacha Mana nao vai permitir nenhuma forma de agressao aos povos que podem viver sem agressoes.
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Jose Varella (via fb) comentou:
20/04/2013
José Bessa ataca de Pero Vaz de Caminha: uma paródia fora de série.
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Ana Helena Tavares (Blog QTMD) comentou:
20/04/2013
Brilhante artigo do amigo Ribamar Bessa, o Pero Vaz de Caminha do século XXI.
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Rogério Teles comentou:
20/04/2013
Poxa, quanto desrespeito a democracia, hoje é solicitar pacificamente seus direitos, cobrar deveres e lutar por justiça social. E quando aqui chegaram, em 1500, mataram, roubaram, praticaram inúmeras sacanagens, isso foi o que? semanticamente, algumas palavras tem sentidos diferenciados, isso depende da classe social?
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Robson Rogerio (via facebook) comentou:
20/04/2013
Professor, sou formado em História pela UEA, leio o TAQUIPRATI, desde a época do Jornal A Crítica, sou seu fã aqui em Manacapuru, vc é nossa voz, quando escreve cronicas que denuncia as sacanagens praticadas contra a ossa sociedade, parabens
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Nina Caetano (Blog amazonia) comentou:
20/04/2013
genial mesmo! não sou sua aluna, mas tenho orgulho. como brasileira com sangue indio nas veias.
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Adriana Ramos (Blog Amazonia) comentou:
20/04/2013
E que fique claro para os parlamentares que insistem na PEC 215, que ao trazer para o Congresso a decisão de definir os processos demarcatórios, o tapete verde será definitivamente transformado em aldeia de resistência, pois os povos indígenas se manterão em alerta constante para não permitir atentados contra seus direitos constitucionais.
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Lucio T. Fernandes (Blog Amazonia) comentou:
20/04/2013
Já se perguntarammm por que os índios não foram escravizadosss na época da colonizaçãooo? Existem várias teorias que explicam o fato. A minha é porque eles não são subservientesss: lutam até a morteee, mas não se submetem à vontades alheias.. Essa 'invasãoo' do plenário é um exemplo que confirma a hipótese: estão lutando pelos seus direitos e, acredito eu, que irão lutar até a morteee se preciso for, mas nunca irão se submeter a interesses escusos de bancada ruralista do... Ah que bom seria se nós, brasileiros, não fôssemos tão subservientesss e seguíssemos esse exemplo. Imagem se o Brasil não entraria nos eixos com 'invasão do Plenário em prol da Qualidade da Educação, da Saúde, Da Segurança...' Itens não iriam faltarO problema do nosso pais deve-se em pequena parte aos políticos e governantes; em grande parte, a responsabilidade é nossa.
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Fabiane Vinente comentou:
21/04/2013
Leia 'Negros da Terra' de John Manuel Monteiro sobre a escravidão indígena no sudeste e Amazônia Colonial de Ribamar Bessa Freire dentre muitos outros, para saber mais sobre a escravidão indígena no Norte do território. A escravidão indígena aconteceu, foi muito real e até o século XVIII as províncias do Norte, Nordeste e Centro-Oeste utilizavam mão-de-obra indígena em massa.
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Ines comentou:
20/04/2013
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Gabriela Bernal comentou:
20/04/2013
Me ha encantado la carta!! Dos puntos sobretodo: esa "etnográfica" descripción de los diputados (intentaré hacer algo así para los míos...), y eso de que, seguramente, los diputados corrían más por miedo de su conciencia que por otra cosa... Acá también estamos con el agua al cuello... la expansión de la frontera petrolera, la ausencia del Estado y la persistente duda acerca de la humanidad de los indios, son el mejor caldo de cultivo para cosas tan feas como una reciente masacre de más de 20 miembros de un de los pueblos no contactados... ¿Habrá esperanza?
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Ligia Maria Oliveira comentou:
20/04/2013
Sem palavras Prof. Bessa. Com esta crônica você se superou. Nunca li algo mais coerente e verdadeiro do que estas palavras - "Todo brasileiro tem sangue índio...". Feliz daqueles que o tem nas veias e lamentável os que o tem nas mãos. Folgo em saber que a medida foi suspensa por seis meses mas, espero e gostaria muito que estas palavras chegassem intactas ao conhecimento da presidenta, e que realmente a LEI fosse cumprida. Pois, é o que nós brasileiros esperamos dela. Valeu Bessa! Essa foi primorosa!
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Vânia Novoa Tadros comentou:
20/04/2013
Eu,Vânia NovoaTadros, subescrevo a mui apropriada carta do José Bessa
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Patricia Sampaio comentou:
20/04/2013
Genial, Bessa! Texto impecável, como sempre. Mas, sabe meu incômodo com essa história? É que ninguém parece ter percebido que Marina Silva também correu na direção contrária dos índios, tal como todos os outros parlamentares.
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Rita Almeida comentou:
20/04/2013
Genial!! Maravilhoso texto!! Tragicômico como foi a reação dos nossos digníssimos deputados à presença dos índios.
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eliane comentou:
20/04/2013
Que esta seja a primeira de visitas necessarias a esta casa, onde a democracia funciona so' na otica dos ocupantes dessa casa. Estes nao estao preparados para o dialogo intercultural, e se dizem democratas. Talvez nao saibam o que significa "diversidade" e devem desconhecer o "valor da diversidade". O Brasil nao merecia ter esses ignorantes nessa casa, eles sao perigosos.
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Renato De Paiva Guimaraes (via FB) comentou:
20/04/2013
Mais um texto brilhante do Bessa, que foi meu professor na UERJ. Orgulho de ter sido seu aluno
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Marcelino Ribeiro comentou:
20/04/2013
Zé Ribamar é irretocável, primoroso...
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Regina Abreu comentou:
20/04/2013
Brilhante, Bessa! Acorda Brasília!!! Acorda Dilma!!! Mas, como disse Eduardo Viveiros de Castro, parece não haver diálogo possível entre o Estado-nação e os índios. Democracia, sim, deputados! Mas, pensamento unitário, nunca! Pela sociedade diversa e plural... Pela convivência pacífica com as diferenças... Que os cocares sejam mais vistos em Brasília! São muito mais bonitos que as gravatas e os mantos pretos dos atuais ocupantes da Câmara dos Deputados! Temos que eleger mais deputados indígenas! Volta, Juruna, volta!
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Ligia Maria Oliveira comentou:
20/04/2013
Concordo plenamente, Regina. No mínimo teríamos em Brasília, pessoas realmente comprometidas com o bem estar comum e a preservação do meio ambiente, além de um vasto conhecimento sobre a importância da natureza como base da sobrevivência humana.
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