CRÔNICAS

Os Tarumã estão voltando

Em: 29 de Maio de 2011 Visualizações: 41653
Os Tarumã estão voltando

“Introibo ad altare Dei” – rezaram juntos, em latim, os jesuítas Francisco Veloso e Manuel Pires. Era a primeira vez que a floresta do rio Negro ouvia essa frase e essa língua. Foi durante a celebração da primeira missa, em 1657, na aldeia dos índios Tarumã, em altar improvisado ao lado de uma tosca cruz.

Milhares de cruzes foram erguidas e milhares de missas foram celebradas nos últimos 350 anos, quando os Tarumã foram expulsos de seu território. Agora, 212 índios que vivem em Manaus, pertencentes a 12 diferentes etnias, reocuparam uma área verde do loteamento sugestivamente chamado de ‘Paraíso Tropical’. Seis deles foram reivindicar em Brasília, na última terça-feira, 24 de maio de 2011, a legitimidade da ocupação.

Nunca a frase da missa tridentina foi tão apropriada como nessa primeira celebração no rio Negro: “Entrarei no altar de Deus”. É que as águas cristalinas do igarapé do Tarumã corriam por um leito de areia branca, namoravam as pedras das cachoeiras, despencavam em cascatas produzindo uma música alegre e um redemoinho de espumas. Meninos, eu vi! Quem olhava espetáculo tão deslumbrante, preservado pelos índios, não tinha dúvida de que estava entrando no altar de Deusqui laetificat iuventutem meam”.

O que aconteceu com esse santuário e seus devotos, os Tarumã? A resposta pode ser dada com ajuda de um lingüista tcheco - Cestmir Loukota, de um viajante alemão - Robert Schomburgk, de um historiador inglês - John Hemming, e de um padre português - Serafim Leite, que em 1905, ainda jovem, trabalhou como seringueiro no rio Negro, e depois (1932-1950) vasculhou arquivos europeus e brasileiros em busca de documentos para escrever a História da Companhia de Jesus no Brasil.

O altar de Deus

Os Tarumã habitavam aldeias na margem esquerda do baixo rio Negro, atual zona oeste de Manaus. Ceramistas refinados, “eram conhecidos como fabricantes de ralos de mandioca” e depois como excelentes criadores e treinadores de cães de caça" – escreveu Loukotka (1895-1966), um pesquisador que dedicou sua vida a buscar nos arquivos documentos sobre línguas indígenas, entre elas a língua Tarumã.

Mas aí, aconteceu uma desgraça: “mandakϊna wanicú”, em língua tarumã, ou “os estrangeiros chegaram”, como nos traduz Loukotka. Os primeiros forasteiros - conta Serafim Leite – foram os dois jesuítas citados que plantaram “a cruz na aldeia dos Tarumãs, a primeira do Rio Negro”. Os índios assistiram a missa com curiosidade e respeito e trataram amistosamente os dois padres que “dali voltaram ao Pará alguns meses depois”.

Os jesuítas abriram caminho aos missionários carmelitas, que criaram uma ‘aldeia de repartição’, misturando os Tarumã com outros índios. De lá, muitos deles foram repartidos para prestar trabalho compulsório aos colonos, aos missionários e à Coroa Portuguesa em Belém. Os Tarumã que recusaram foram massacrados na “guerra justa” promovida por Pedro da Costa Favela, entre 1665 e 1669. Muitos deles, escravizados, trabalharam na construção do Forte de São José do Rio Negro, em 1669, que deu origem à cidade de Manaus.

Quando o padre jesuíta Samuel Fritz passou pelo rio Negro, por volta de 1690, encontrou o chefe Tarumã, conhecido como Karabaina, com o corpo coberto de cicatrizes, marcas das constantes violências cometidas pelos portugueses, conforme nos conta John Hemming, autor do livro “Red Gold”, o ouro vermelho, representado - no dizer do padre Vieira – pelo sangue derramado dos índios escravizados.

Começou, então, o longo êxodo dos sobreviventes. Um grupo de índios, provavelmente Tarumã, foi encontrado próximo a Barcelos por Alexandre Rodrigues Ferreira, em sua viagem pelo Grão-Pará (1783-1792). Lá, o viajante adquiriu uma bela peça de cerâmica, de 12,7 cm de comprimento e 6,7 de altura, que representa uma onça pintada - “dun” em língua tarumã - feita de argila branca, oca, com a boca entreaberta, a língua pra fora e a cauda apoiada sobre o dorso. A peça, considerada uma obra de arte, foi enviada para o Museu da Universidade de Coimbra, e faz parte do seu rico acervo.

A grande marcha

A última notícia que temos dos que permaneceram na proximidade de Manaus foi dada pelo Comandante Militar da Comarca do Alto Amazonas, Lourenço da Silva Amazonas (1803-1864), que relata como, em 1808, centenas de índios foram levados, ‘acorrentados, como se fossem condenados’, para o trabalho na fazenda do Tarumã, de propriedade do governador José Joaquim Vitório da Costa.

Depois disso, não ficou nenhum deles para contar a história. Em sua fuga, subindo o rio Negro, os Tarumã foram invadindo territórios de povos que falavam línguas da família Aruak, com quem mantiveram diferentes tipos de relação, quase sempre conflitivas, mas às vezes amistosas. Na sua longa marcha, eles foram parar no extremo norte, na Guiana, em pleno território Karib, onde se fixaram e fizeram alianças com povos dessa família lingüística, o que favoreceu a realização sistemática de casamentos interétnicos.

Por volta de 1837, o alemão Robert Schomburgk a serviço dos ingleses, encontra ao longo dos rios Essequibo e Cuyuwini cerca de 150 índios Tarumã que haviam chegado à Guiana Inglesa, depois de haverem percorrido mais de 2.000 km pelo rio e pela floresta. Foi lá que o antropólogo William C. Farabee, da Universidade de Harvard, os encontrou, em 1916, misturados com os Wai-Wai, de filiação Karib.

A denominação Tarumã, no século XX, passou a ser uma espécie de guarda-chuva, abrigando índios de diferentes etnias, filhos de casamentos interétnicos, que deixaram de falar sua língua materna. O etnônimo Tarumã, na realidade, dá conta de um novo povo que surgiu nesse processo de alianças, da mesma forma que “brasileiro” - um povo que antes não existia - é uma mistureba de portugueses, índios, africanos e, dependendo da região, de italianos, alemães, japoneses, espanhóis, poloneses.

Talvez essa seja a denominação mais apropriada para designar esses índios urbanos de 12 etnias que reocuparam um reduzido e diminuto espaço do que era o território Tarumã. O coordenador local da Funai, Odiney Hayden, declarou que eles devem continuar na área até terem uma garantia de uma política de habitação, mas que mais cedo ou mais tarde terão que sair, porque a Funai não tem política de habitação para indígenas que moram na cidade. Será?

O Censo de 2010 do IBGE nos informa que o total da população indígena do Brasil é de 817.963 indivíduos, dos quais 315.180 vivem em área urbana. No Amazonas, são 34.302 índios que moram em cidades, todos eles expulsos, que nem os Tarumã, do altar de Deus.

A cidade de Manaus aceita, com orgulho, ter um bairro, hoje, com o nome de Tarumã, perpetuando a memória desses índios também no nome do igarapé e da cachoeira que dele fazem parte. No entanto, nesse bairro que conserva um nome indígena, parece não haver lugar para os índios.

O bairro do Tarumã é, atualmente, parte nobre da capital, ocupada por condomínios de luxo, como a mansão construída pelo atual prefeito Amazonino Mendes, quando era governador, mas também por residências de classe média trabalhadora, como a modesta casa do Piriri, irmão do Pão Molhado. Ela contém ainda uma Área de Proteção Ambiental (APA), que guarda o último igarapé não poluído da cidade.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) que exceto nos quatro anos em que Serafim Correa foi prefeito, nunca se preocupou com crime ambiental, acusou a Funai de dificultar o processo de regeneração da vegetação, mas admitiu que o monitoramento diário da área não identificou qualquer derrubada de árvore por parte dos índios.

A índia Nati Tukano, de 28 anos, líder do movimento, negou que as famílias sejam “bagunceiras ou arruaceiras” como foram acusadas, o que foi reforçado por outro líder, Jair Miranha, coordenador da União dos Povos Indígenas de Manaus (UPIM). 

O certo é que, agora, é como se os Tarumã estivessem ressuscitando. Eles estão voltando! O latinorum que vai valer daqui pra frente não é mais o da missa, mas o dos tribunais. O verbo que vão conjugar para expulsá-los é “expellere”.

Bem-vindos os Tarumã, se me permitem chamá-los assim! Introibo ad altarem Dei. Que entrem no altar de Deus e ajudem a preservar o que resta dele.

P.S. – Contribuíram para a elaboração desse texto, além de Amaro Junior, que me enviou as notícias dos jornais, os seguintes autores:

1. LOUKOTKA, Cestmir. Classification of South American Indian Languages. Johannes Wilbert Ed. Los Angeles, University of California, 1968.
2. LOUKOTA, Cestmif. La Langue Taruma. Journal de la Société des Américanistes. 38: 53-65, Paris 1949.
3. LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Lisboa: Portugália e Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1938-1950, 10 vols.
4. HEMMING, John. Red Gold. The Conquest of the Brzilian Indians. Cambridge, Massachusetts, Harvard University Press, 1978.
5. SCHOMBURGK, Robert H. Journey to the sources of the Essequibo. Journal of the Royal Geographical Society. 10:159-190, London 1841
6. FARIAS, Elaíze. Índigenas do Tarumã permanecerão até encontrar garantia de um novo local. Manaus. A Crítica. 25.05.2011.
7. VASCONCELOS, Luis. Indígenas quebram parabrisas de ônibus e querem parada na frente do bairro Nações Indígenas, no Tarumã. Manaus. A Critica. 05/05.2011.
 
VER TAMBÉM - http://www.taquiprati.com.br/cronica/943-os-taruma-vivem
 

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37 Comentário(s)

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felipe morais comentou:
03/03/2012
eu sou decendente de tarumã.
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Leandro Vina de Andrade comentou:
18/11/2011
Infelizmente esses que se dizem Tarumãs ( podem ser), não são mais tão zeladores assim da natureza. Como o texto fala em uma implicância da miscigenação no contexto do "brasileiro", assim acontece com os olhos de nossos indiosde hoje, onde essa miscigenação abriu os olhos quase orientais de alguns, para a pre$$$$ervação das matas. Meus respeitos a casta, mas os verdadeiros devem estar muito longe de Manaus. Indio tem direito, mas os deles vão até onde começa os dos não indios. A própria imprensa
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VANIA TADROS comentou:
04/06/2011
LEGAL BEZERRA É ASSIM QUE OS TARUMÃS TEM VOLTADO SEMPRE. GOSTEI AMIGO
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Paulo Bezerra (2) comentou:
04/06/2011
Eles já voltaram há muito tempo. Estão no nosso DNA caboclo. Manifestam-se através de nós todas as vezes que nos indignamos com a agressão à natureza, com a poluição dos nossos rios, com o desmatamento insano das nossas florestas e com o preconceito praticado contra nossos irmãos autóctones.
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VANIA TADROS comentou:
03/06/2011
AMANHÃ JÁ É SÁBADO E OS TARUMÃ AINDA NÃO VOLTARAM? NENHUMA SUJESTÃO PARA RECEPCIONÁ-LOS?
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Desconhecido comentou:
02/06/2011
Muito bom ler texto tão claro como este, lembrei-me do meu bom professor de história Manoel Maurício de Albuquerque, que em suas aulas, tb muito lúcidas,ensinava que o sufixo 'EIROS" como em jornaleiros, cozinheiros e ...brasileiros ,designa os trabalhadores, ou seja,os que vinham trabalhar nas terras do Brasil. Assim sendo, neste guarda-chuva interétnico, teremos que ter, obrigatoriamente, um espaço para os legítimos zeladores do altar ou o espírito de Deus encarnado. Sejam bem vindos ó Tarumã!
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Lourenco Mestrinho comentou:
02/06/2011
Realmente, no Amazonas, vc é a maior referencia nos estudos sobre a sua historia. Excelente cronicas que perpetuam as lembrança de um passado pouco ou nada valorizado. Parabens! PS: só falta parar com o puxa saquismo do governo Serafim...se fosse tao bom assim, o povo o teria reconduzido. Parabens mais uma vez.
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Evelyn Orrico comentou:
01/06/2011
OI, Bessa adoro ler as suas crônicas. São sempre oportunas, contundentes, mas sobretudo, carinhosas com aqueles que mais precisam de uma mão amiga. forte abraço Evelyn
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Paulo Bezerra comentou:
01/06/2011
Condena-se o genocídio praticado por assassinos como Saddam. Hitler, Miselovic, Idi amin e outros, mas não se condena com a mesma veemência o extermínio de povos quando existe a participação de Jesuítas e Missionários, neste caso de forma lenta e contínua. Uma verdadeira Cruzada "Tarumã". Não, não são eles que estão voltando. Eles foram massacrados na “guerra justa”. Mas, deixaram descendentes: os ex- depufedes Ezio Ferreira, José Dutra e o Prof. Ademir Ramos da UFAM (ainda bem).
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comentou:
01/06/2011
Muito bom ler um texto tão claro e esclarecedor como êste, lembrei-me do meu bom professor de história Manoel Maurício de Albuquerque , que em suas aulas, também muito lúcidas ,ensinava que o sufixo 'EIROS" assim como em jornaleiros, cozinheiros e ...brasileiros ,quer designar os trabalhadores, ou seja, os que vinham trabalhar nas terras do Brasil. Assim sendo, neste guarda-chuva interétnico, teremos que ter, obrigatoriamente, um espaço para os legítimos zeladores do altar ou o espírito de De
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vania tadros comentou:
01/06/2011
O DESCONHECIDO SOU EU,DESCULPEM ESQUECI DE PREENCHER O CABEÇALHO.
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01/06/2011
RESPOSTA AO PIRIRI: ASSIM, QUERIDO FICO MAIS TRANQUILA. SER VIZINHO DOS TARUMÃ DEVE SER MUITO AGRADÁVEL E UMA BOA EXPERIÊNCIA PARA TROCA DE INFORMAÇÕES. QUANTO AO MEU EX VIZINHO E AMIGO AMAZONINO NÃO TERÁ PROBLEMAS PORQUE ELE NÃO VAI DAR A CASA DELE E TEM A LEGISLAÇÃO PARA LHE PROTEGER A POSSE, NÃO SERIA BOM PARA OS TARUMÃ PORQUE É UMA CASA PARA OUTRA CULTURA. DEIXEM QUE ELES COSTRUAM A DELES.
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VANIA TADROS comentou:
31/05/2011
(CONTINUAÇÃO) SE A HISTÓRIA É CONSTRUÍDA COM BASE NOS FATOS QUE ACONTECERAM.?
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Zeca Ligiero comentou:
31/05/2011
Bessa, suas cronicas sao fantasticas, ajuda a gente a pensar e compreender o estado de coisas. Sempre me atiça! Me provoca. Obrigado
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João Bosco comentou:
31/05/2011
Parabéns por mais uma crônica. Por coincidência os dois trechos encaichoeirados Tarumã e Tarumãzinho foram objeto de visitas minhas quando morei em Manaus, entre 1963 e 1965.Uma delícia de ambiente à época. Floresta pura sem deturpações de condomínios.
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Helena F. comentou:
31/05/2011
Só agora criei oportunidade de ler. Fiquei maravilhada! Que texto! Abordou tantos detalhes de forma tão clara; além de ripar uns idiotas criminosos.Estou imprimindo e vou dar a alguns amigos. obrigada.
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PIRIRI, irmão do Pão Molhado comentou:
31/05/2011
Prezada Vania, não estou pensando em "dar" para os índios a minha casa, mas simplesmente "ser vizinho dos índios", ninguém está pedindo que os índios se apropriem da mansão do Amazonino - o que seria muito bom, mas a correlação de forças não permite. O que estou pedindo é que entre a mansão do Amazonino e a minha casa (e tem muito chão entres esses dois pontos), achem um terreninho pros tarumãs.
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VANIA TADROS comentou:
31/05/2011
ONTEM, O JORNAL NACIONAL, DIVULGOU QUE A EXPOSIÇÃO TÚNEL DO TEMPO -QUE FICOU NOS CORREDORRES DO SENADO- NÃO EXPÔS O MOVIMENTO DOS CARAS PINTADAS E IMPEDIMENTO DO COLLOR UM MOVIMENTO SOCIAL QUE ENVOLVEU O BRASIL POR INTEIRO. AO SER ARGUÍDO,O SARNEY, SEMPRE O SARNEY, DISSE QUE AQUELE ERA UM FATO QUE NÃO DEVIA TER EXISTIDO E POR ISSO TEM QUE SER ESTINGUIDO DA NOSSA HISTÓRIA. AFIRMOU TAMBÉM QUE FORAM HISTORIADOADORES QUE DECIDIRAM ISSO. MAS, MAS, MAS,MAS, QUE HISTORIADORES SÃO ESSES SE A HISTÓRIA
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Ana comentou:
31/05/2011
Linda crônica Bessa!! Os Tarumã merecem esta linda homenagem. Que esta seja uma entre as muitas vitórias deles. Parabéns!
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João Barros Carlos comentou:
31/05/2011
Ao contrário do que diz o título e a bela crônica, os Tarumã (s) não estão voltando, não existe nenhum índio tarumã. Na verdade, é um bando de aproveitadores que estão querendo ocupar uma terra que não lhes pertence, invadindo, para que mais tarde passem a exigir toda uma infraestrutura para poderem morar dignamente. Vi um falso índio reinvidicando esse "direito". Se fossem os verdadeiros Tarumã, aí sim, caberia a reinvidicação por questão de justiça das terras de seus antepassados. Esses que aí
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VANIA TADROS comentou:
30/05/2011
PIRIRI, PORQUE OS TARUMÃ TEM QUE MORAR EXATAMENTE NO LUGAR ONDE VC CONQUISTOU, CONSTRUIU SUA CASA, ARRUMOU-A DO SEU JEITO? NÃO ABRA MÃO DAS SUAS CONQUISTAS SENÃO VC FARÁ O MESMO QUE OS TARUMÃ FIZERAM NO PASSADO.
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Deuza Tupinambá (via Facebook) comentou:
30/05/2011
Sou leitora de suas crônicas desde que o filho do Seu Aguimar, lá da Carolina das Neves me apresentou "A batalha do Igarapé de Manaus", portanto, considere absolutamente curtidas aquela, as anteriores, as posteriores e as que ainda virão. Parece que sim, José Bessa, Manaus trata os índios que vivem aqui da mesma forma como são tratados os demais habitantes desta cidade. Ou seja, é uma triste igualdade que lhes é assegurada
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aurelio michiles comentou:
30/05/2011
...e pensar que para se construir (as pedras) o aeroporto Eduardo Gomes destruiu-se o Tarumã e suas cachoeiras, ele que foi um dos logradouros mais importantes (inclusive Cartão Postal) de Manaus. Nos filmes do Silvino Santos existe imagens que eternizam a beleza deste que foi um belo e aprazivel lugar. memeoria é isso: aprender com o passado para se ter um futuro, senão não haverá futuro para ninguem - índios, caboclos e brancos.
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PIRIRI, irmão do Pão Molhado comentou:
30/05/2011
Tem dias que saio e chego em casa pensando e imaginando como se comportavam os índios que ali viviam antes da chegada dos portugueses. Um dos motivos pelo qual escolhi o Tarumã como lar está na beleza calma e serena da região. Imagino-me sendo expulso daquele bairro e tendo que fugir para outro canto... É mais que justo recebe-los de braços abertos. Que voltem os Tarumãs!!!!!
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PIRIRI comentou:
30/05/2011
Tem dois que saio e chego em casa pensando e imaginando como se comportavam os índios que ali viviam antes da chegada dos portugueses. Um dos motivos pelo qual escolhi o Tarumã como lar está na beleza calma e serena da região. Imagino-me sendo expulso daquele bairro e tendo que fugir para outro canto... É mais que justo recebe-los de braços abertos. Que voltem os Tarumãs.
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Ana Claudia comentou:
30/05/2011
Essa crônica está de arrepiar. É muito lindo pensar nos Tarumã reentrando no altar de Deus...Faz favor de me incluir na sua lista de e-mails
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moema comentou:
30/05/2011
Com suas cronicas a gente vai conhecendo mais e mais de como as coisas se deram na historia, parabens Bessa e obrigada !
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30/05/2011
que até voltem os tarumã, mas não com essas "lideranças indígenas". Pessoas desprezíveis.
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Esteban comentou:
29/05/2011
Uma bela aula de História e Memória.
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Giane comentou:
29/05/2011
Linda crônica, Bessa.. O TAQUIPRATI é um arquivo de Outras memórias.. Beijos..
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Ruth Fonini Monserrat comentou:
29/05/2011
Prof. Bessa, brilhante como sempre, mas principalmente arma contundente a espicaçar consciências amortecidas, sua crônica - como aliás todas as suas crônicas - deveria figurar nos livros didáticos de todas nossas escolas. Parabéns!
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Lori Altmann comentou:
29/05/2011
Seus textos aliam: leitura agradável, informação, pesquisa e comprometimento. Muito ânimo e determinação aos Taruma!
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VANIA TADROS comentou:
29/05/2011
Eu preciso saber quais os critérios estabalecidos para se criar essa nova taxonomia onde o Piriri foi classificado como CLASSE MÉDIA TRABALHADORA fazendo-nos pressupor a existencia da Classe Média Parasitária.
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VANIA TADROS 2 comentou:
29/05/2011
(C0NTINUAÇÃO) OPERÁRIOS DESTAS MESMAS ÁREAS- QUE FORAM ADQUIRIDAS DENTRO DOS CRITÉRIOS DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA-IRÃO ACONTECER VÁRIAS INJUSTIÇAS E DISPUTAS.
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VANIA NOVOA TADROS comentou:
29/05/2011
No meu entender chegou a hora de ser elaborada um CONSTiTUIÇÃO abrigando os direitos e deveres das nações indígenas para funcionar, no BRASIL, paralelamente, à Constituição Brasileira. Porque se não se estabelecer normas de convivência entre as diversas e culturalmente distintas nações, que formam o BRASIL, vamos viver em conflitos internos.SE À CADA MOMENTO QUE UM GRUPO INDÍGENA DECIDIR VOLTAR PARA A ÁREA URBANA FOR PRECISO DESALOJAR OS TRABALHADORES EMPRESÁRIOS, CLASSE MÉDIA, OPERÁRIOS DESTAS
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Rossini Maduro comentou:
29/05/2011
Parabens professor por mais um brilhante artigo no "taquiprati"...sou um "curioso" na pesquisa de questões indigenas...com foco principal na etnogenese...e posso concordar com o sr...os tarumã estão voltando...e não apenas em manaus...salvem "os tarumã"...saudações...
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Felipe de Paula comentou:
29/05/2011
Ler sua coluna é abrir os olhos para a verdade fatual (da qual o contrário é a mentira) e histórica (da qual o contrário é a simples omissão dos fatos: pq não estudamos isso na escola?). Sou um aprendiz e divulgador desse espaço.
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