CRÔNICAS

Memória olfativa: em busca do sabonete Gessy

Em: 09 de Abril de 2017 Visualizações: 30445
Memória olfativa: em busca do sabonete Gessy

Arrumo gavetas cheias de papéis velhos, agora, em Niterói. Encontro um passaporte carimbado que me faz lembrar o verão de 1981 em Moscou. Foi lá, no banheiro do hotel Nikolskaya, perto da Praça Vermelha, que usei um sabonete russo nas abluções matinais. Quando lavei o rosto, o bairro de Aparecida invadiu o quarto com um estrondo de pororoca. É que o cheiro era o mesmo do sabonete da Santa Casa de Misericórdia, de Manaus, em cujo quarto eu, menino, dormi um par de meses, em 1957, acompanhando meu pai enfermo. Era o sabonete Gessy, aquele da Marta Rocha, a miss Brasil.

A sua voz de baiana arretada gravada nos jingles radiofônicos era confiável ainda que ninguém pudesse ver “a espuma rápida e abundante” do sabonete, por inexistir televisão em Manaus. Ela garantia, porém, que “suas bolhas mágicas removem resíduos cutâneos e desobstruem os poros sem prejudicar a pele”. Mas o que ela não sabia era que o seu cheiro armazenava lembranças capazes de transportar para tão longe casas, ruas, igreja, ponte e rios de Manaus, arrastando personagens, choro, riso e cenas do passado distante, com riqueza de detalhes.

Na Moscou de 1981 cabia a Manaus de 1957, ambas contidas na Niterói de 2017, uma dentro da outra, como aquelas bonecas russas, as matrioskas. De repente, eu revivi ali, no quarto de hotel, o drama do meu pai, no leito hospitalar, grávido, com cirrose hepática, como estou revivendo agora. Vejo a mesa de cabeceira com a bacia de estanho e uma jarra, a pia de louça com desenhos de flores da cor do céu, o espelho oval na parede de azulejos portugueses - tudo herança do ciclo da borracha. E me vejo saindo cedinho do hospital descendo a rua Dez de Julho para ir ajudar a missa, um coroinha com as narinas impregnadas da “fragrância natural de rosas primaveris” - como anunciava Marta Rocha na Rádio Baré.

Proust de Igarapé

Durante anos deixei de sentir aquele aroma, que foi adormecendo, inconsciente, na memória. Enxotado do mercado pela LEVER e a PALMOLIVE, o sabonete Gessy, com outro nome, se refugiou nos países do Leste Europeu, onde finalmente o encontramos, muitos anos depois, eu e a senhora minha mãe. Já era, então, um “sabonete comunista”.

Se me permitem, abro aqui parênteses para meter a mãe no meio e invocá-la como testemunha. O sonho de dona Elisa, confessado a seus 13 filhos, era visitar o Santuário de Lourdes. A vasta prole se cotizou e ela viajou a Paris, onde eu cursava o doutorado. Fomos acender velas na gruta e ver a fonte que jorra água. Não paramos aí. O meu sonho era outro. Acontece que , na volta do exílio, numa "cana", em 1977, a Polícia Federal havia insistido em saber de minhas andanças por Moscou, onde eu nunca estivera. Fiz, então, uma promessa: se escapo desse sufoco, um dia, só de birra, hei de ir a Rússia. Fui. Com minha mãe, que compartilhou comigo as associações olfativas.

Ela foi se benzendo e rezando, mas foi. Solidária. Eu e ela levamos conosco pelas estepes russas o bairro de Aparecida e a Santa Casa, na memória ativada pelo sabonete, o único que reinava absoluto nos hotéis das cidades visitadas: Moscou, Leningrado, Vladimir e Suzdal na Rússia, Kiev na Ucrânia e Varsóvia, na Polônia. Parece que Gessy, “o pioneiro no ramo da higiene pessoal”, se tornara lá o tzar dos sabonetes, cujo aroma, num passe de mágica, transformava o rio Moscou no igarapé do Mestre Chico e a Ponte Borodinski, na centenária Ponte Metálica da Cachoeirinha. 

O mundo inteiro cabe dentro da memória olfativa. Cada um de nós é um arquivo de odores, aromas, fragrâncias, que documentam a vida. O cérebro e o coração reconstroem narrativas acionados por cheiros: da pimenta murupi, da farofa de torresmo da vovó Marelisa e do tabaco de seu cachimbo, da terra molhada pela chuva, do café passado, do bife acebolado, do alho na frigideira, do taperebá - tudo isso desencadeia uma torrente de sentimentos. O cheiro de pão quente remete à padaria do Armando português, na Xavier de Mendonça, com seu forno à lenha. As broas da Marina encerram mil histórias que despertariam a inveja de Marcel Proust.

Madeleine arrependida

Proust escreve que, já adulto, num dia de inverno, sua mãe, vendo-o tiritar de frio, lhe ofereceu uma xícara de chá quente acompanhado de madeleines – aqueles bolinhos franceses em formato de concha. O sabor de um pedaço mergulhado no chá provocou lembranças calorosas de sua vida de menino, em Combray, e de sua tia Leonie, que costumava convidá-lo para lanchar. Mesmo quem não encarou os sete tomos de “Em busca do tempo perdido”, já ouviu falar da madeleine de Proust, que passou a designar qualquer fenômeno responsável por deslanchar reminiscências.

Essa é a origem da “teoria proustiana da memória” que discute como certos objetos, aromas, sabores provocam intensas recordações, que permitem ao sujeito dominar o tempo, superando as fronteiras entre passado e presente, embora para ele a subjetividade esteja aprisionada pelo passado, que é o tempo dominante da condição humana e é nele que permanece adormecida a memória. O ser humano é um poço até aqui de nostalgia.

Desculpem a petulância, mas me senti o próprio Proust de Igarapé, depois de encontrar numa gaveta a lembrança involuntária que me levou ao sabonete Gessy, o que me autoriza a discorrer sobre “a teoria da broa” ou da “bolacha de motor”. A madeleine - que a francesada me perdoe – é um bolinho mequetrefe feito com trigo, ovos, açúcar, manteiga derretida e raspas de limão. Simples assim. Na receita, nenhum ingrediente ativador da memória. Honestamente, eu sou mais a broa da Marina que seu filho Rubem Rola vendia pelos becos de Aparecida.

O segredo da broa – uma espécie de Madeleine arrependida – é a combinação equilibrada de goma de macaxeira, leite, açúcar e canela. Seu cheiro afrodisíaco evoca a Eugênia, namorada do meu primo Zé Cyrino, para quem a broa se entregava sem resistência, derretendo na boca. Por isso, o ex-governador Gilberto Mestrinho, quando mudou de dentadura, substituiu o pão pelas broas da Marina, que já morreu, mas é possível encontrar hoje algo similar, embora diferente, na feira de Aparecida, na banca bem em frente ao açougue do Luis Enrolão.

Não é só a broa. Nos barcos de recreio que ligam as cidades do Amazonas, em viagens regulares, os passageiros tomam o café da manhã com a outra madeleine caboca, a bolacha de água e sal, que ficou conhecida como “bolacha de motor”. Ao contrário da broa, ela é dura, mas ajuda a aproximar o passado, nos faz viajar através dos anos, nos faz sair em busca do tempo perdido. Convoca o passado, trazendo aquele tempo de volta. Com as histórias carregadas pelas madeleines arrependidas – a broa e a bolacha de motor – o Proust de igarapé aqui poderia escrever mais sete tomos, viajando na canoa do tempo.

P.S. Para os meus colegas e alunos do Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO), que me falam dessas coisas e só pensam nisso.

P.S. 2 - Acabo de ser notificado da morte de Afonso Celso de Maranhão Nina, meu professor de Química no Colégio Estadual do Amazonas, em 1964, e um dos fundadores da Universidade do Amazonas. Suas ideias conservadoras nos levaram a ter com ele embates, sempre resguardando o respeito mútuo. Um dia, como subreitor, se invocou porque eu dava aula de sandália. Tivemos um pequeno bate-boca. Era um homem íntegro, um administrador competente e ético, que amava a universidade e que dedicou toda sua vida à educação. A parte sadia da UFAM chora nesse momento do adeus. Era alguém que dizia, assinava, com papel timbrado ou não, e assumia lealmente o que pensava e fazia. Nesses tempos bicudos em que a UFAM entroniza gente de outra estirpe, com outros valores morais, ele faz uma falta danada.

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35 Comentário(s)

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Taquiprati comentou:
04/05/2022
Neurocientistas como Suzana Houzel, da Universidade Vanderbilt, asseguram que o ofalto marca cada lugar com o seu cheiro.. Ela diz que "basta um cheirinho e lá vem uma enxurrada de memórias afetivas, como se cada aroma abrisse uma comporta de recordações e sentimentos associados". (Folha SP, 03/05/2022 - AQUI TEM CHEIROS BONS).
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Rita Ribes comentou:
09/04/2022
Responder5 a Rita Ribes Seus relatos foram chegando no msmo instante em que estou relendo o Rua de Mão ùnica do Benjamin e o Diário de Moscou. Acho que é um sinal de que está mais do que na hora de eu conhecer a Rússia! Até porque minha infãncia também já foi aromatizada pelo sabonete Gessy. (Que, aliás, era o presente que se dava em festa de aniversário - de pobre - , enroladinho em papel de seda, cheio de dobrinhas para que o embrulho fosse característico de um presente.
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Luiz Pucú comentou:
29/11/2021
Tudo se relaciona...e cheiro somos imbatíveis...até bonecas russas ensaboadas kkkkkkk
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Marcia Paraquett comentou:
08/09/2020
Meu querido Bessa, que delícia viajar através de sua memória olfativa. Uma braba rinite alérgica me tirou o olfato desde menina, mas tenho um ouvido bom e viajo às minhas memórias afetivas pelo canto do bem-te-vi, pelo ruído da água correndo por um rio ou pelo barulho das ondas que chegam às praias. Mas os ruídos que me levam aos medos da infância são os foguetes de São João ou os relâmpagos dos temporais de verão na nossa Niterói. Obrigada pelo texto tão sensível
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Rui Martins (Direto da Redação) comentou:
20/04/2017
O Correio do Brasil publicou. Já está no ar. No ar: qdo encontrei Marta Rocha em Moscou kkk http://www.correiodobrasil.com.br/quando-encontrei-marta-rocha-em-moscou/
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Maria Conceição Oliveira (via FB) comentou:
19/04/2017
Ah as memórias como são preciosas em nossas vidas, elas surgem sempre delicadas mas fortes, até aquelas que nos lembram sofrimento e dor mas nos trazem a sutil percepção da humanidade em nós, obrigado por compartilhar
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Ayalla Oliveira (via FB) comentou:
15/04/2017
Diferente de outras, essa crônica do prof. José Bessa é forjada a partir de elementos muito pessoais. Mas, ao mesmo tempo, \"memória olfativa\" nos comunica tanto! Tanto de nós mesmos... Texto lindo, e lido pela segunda vez. Compartilhando...
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Tarcisio Lage comentou:
12/04/2017
Legal Dom Bessa. Meu tempo perdido tinha cheiro de cerrado. Agora só exala o odor de eucalipto...
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Mario Chagas (via FB) comentou:
11/04/2017
alve o proust de igarapé, bessa bem querido, amei o texto com sabor de quero mais e além de viajar no tempo dei boas gargalhadas. viva!
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Flávia Lima e Alves comentou:
11/04/2017
Que ma-ra-vi-lha! Em tempos tão tecnológicos só de me agarrar nas pernas das usas palavras voei e fui vagando, transcendendo quanticamente... minha boneca Beijoca aplaudiu de pé.
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Ana Okuti (via FB) comentou:
10/04/2017
Amava comer as madeleines feitas pela minha tia Gessy quando eu era criança. Hahaha que coincidência de memória!
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Adeice Torreias (via FB) comentou:
10/04/2017
Tenho viajado bastante na memória oftativa. Desacelerei e agora resgato muito da minha própria existência, pelo olfato. As flores do rosedá, do jasmim cambraia e outros me remetem à infancia e à minha saudosa mãe , de quem herdei o gosto pelas plantas. Viagem mesmo... Mas quardo tambem memória visual das suas sandálias de couro, hahahaha. Visual, viu? José Bessa
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Simao Pessoa (via FB) comentou:
10/04/2017
Genial, mano, genial! Precisamos juntar tudo e fazer um livro de memórias, mesmo na marra. Final de abril, vou no Rio e te catar em casa. Falaremos sobre isso, por supuesto. Você continua sendo o grande pajé da taba! Não vá nos abandonar, carálio!
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Francine Tapajos (via FB) comentou:
09/04/2017
E os odores me invadiram sem avisar Que delícias e tristezas e alegrias e saudades de amores perdidos tão presentes como o cheiro da minha mãe/avó, doce e azul como seus olhos..... Belíssimo
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Zeca Ligiéro (via FB) comentou:
09/04/2017
Tua cronica desta semana me lembrou o artigo que abre meu meu livro Boca da Memoria (ainda não publicado). Te envio o artigo, o meu jeito lembra o teu estilo bem humorado, as loucuras e elucubrações, claro, se diferem. Grande abraço.
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Rodrigo Martins (via FB) comentou:
09/04/2017
Sensacional. Veja a propaganda antuga do Gessy,. https://www.youtube.com/watch?v=rYwwjAl_odg
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Fernanda Sposito (via FB) comentou:
09/04/2017
Parabéns, José Bessa, por mais esta linda crônica! É bom poder compartilhar um pouco de suas andanças pelo mundo, seu olhar sensível sobre o cotidiano, bem como os trocadilhos impagáveis, como as madeleines arrependidas
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Graça Helena Souza (via FB) comentou:
09/04/2017
Querido Proust de Igarapé,até amanhã!! Suas evocações e ressonâncias proustianas,causaram acá,umas tantas outras,feitas de aromas e imagens evanecentes.E sobre tempos bicudos,nem fale...vixevixe,né?!
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Labibe Chalub (via FB) comentou:
09/04/2017
Voltei pra minha infância...Bolacha de motor...Broa e o famoso sabonete Gessy!! Kkkkkkk
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Anna Maria Linhares (via FB) comentou:
09/04/2017
Nossa o \"Perfume\". Muito bom. Espero encontrar em algum lugar da Europa o sabonete Phebo com grafismo marajoara na caixinha. Aí choro rs
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Gracie Emilia dos Santos Barbosa (via FB) comentou:
09/04/2017
Às vezes, é muito bom ser birrento. Sua birra motivou um momento inesquecível na companhia de sua valiosa mãe. O texto me reportou a minha infância e adolescência em Manaus; também usei o sabonete Gessy.
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André Salles (via FB) comentou:
09/04/2017
Gostei da fina ironia. Proust de igarapé é ótimo. Aqui no Amazonas, quando vc quer avacalhar alguém ou regionalizar, acrescenta sempre o \"de igarapé\". O governador José Mello, por exemplo, é o Michel Temer de igarapé, embora o Temer também seja o Trump de Igarapé. e o Trump seja o Abraham Lincoln de Igarapé.
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Beto Vianna (via FB) comentou:
09/04/2017
o olfato histórico do bessa não mentiu: o mundo dos negócios é sempre um banho de guerra fria.
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Ivone Andrade (via FB) comentou:
09/04/2017
Nosso Proust de Igarapé amarrasou. Embarquei nessa canoa deliciosa de nossa memória olfativa. Naveguei por uma Manaus que permanece adormecida dentro de cada um de nós. Parabéns!
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Ivone Andrade (via FB) comentou:
09/04/2017
Muito bom. Uma viagem com sabor e cheiro de uma Manaus de antigamente quem ainda vive em nós.
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Lenise Ipiranga comentou:
08/04/2017
Estupendo ... tudo ... o texto, seu talento, suas lembranças - coletivas, pois também compartilho das lembranças de iguarias e lugares do nosso Amazonas - ... suas madeleines despertaram minhas madeleines também ... Bravíssimo, professor Bessa o//
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Maria Conceição Oliveira (via FB) comentou:
08/04/2017
Ah as memórias como são preciosas em nossas vidas, elas surgem sempre delicadas mas fortes, até aquelas que nos lembram sofrimento e dor mas nos trazem a sutil percepção da humanidade em nós, obrigado por compartilhar
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Ana Stanislaw comentou:
08/04/2017
Huuumm que cheiro de crônica!! Adorei, texto lindo, sensível. Difícil não lembrar de nossas memórias olfativas: cheiro de umbu, sapoti, cafezinho da vovó. Ah saudade dá infância. Obrigada por tuas chierosas e lindas linhas.
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Alessandra Marques (via FB) comentou:
08/04/2017
Sabonete Gessy me faz lembrar da minha infância, qdo já era da Lever, diga-se de passagem. A Gessy foi mais que enxotada pela Lever, ela foi sabotada. Plantaram um espião da multinacional como se fosse um funcionário e lascaram com a Gessy que era empresa brasileira.
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Carlos Itagiba Barbosa (via FB) comentou:
08/04/2017
Fantástico!!! Viajei na memória olfativa.....
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Liege Albuquerque(via FB) comentou:
08/04/2017
alfazema, phebo, francis...mas gessy não lembro....
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Leila Beatriz Ribeiro comentou:
08/04/2017
A gente pensa tanto nisso como pratica. Até hoje, tal qual a minha mãe, guardo sabonetes na gaveta de peças íntimas pra dar um cheirinho gostoso. Valeu Bessa!
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Paulo Figueiredo comentou:
08/04/2017
Brilhante, como sempre. Remete-nos ao nosso chão, ao berço de todos nós. Forte abraço, querido amigo.
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Felipe José Lindoso (via FB) comentou:
07/04/2017
Além do sabonete Gessy, me lembro do sabonete Lifebuoy, que não tem nada a ver com esse que vendem agora, todo antisséptico e cheio de frescuras. E mingau de banana do mercado Adolpho Lisboa? e as bancas de tacacá? Eita nós, cabocada. E aquela horrível cachaça Cocal, a intragável cerveja dos Miranda Correia, que dizem que era ótima na época da borracha, o guaraná Tuchaua. E tantos outros gostos, cheiros e sabores... Como era o nome daquele cheiro que se colocava nas gavetas para perfumar as roupas, José Bessa?
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Geraldo Sá Peixoto Pinheiro (va FB) comentou:
07/04/2017
Lifeboy tinha, pra mim, um cheiro de cachorro pirento! Rs
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