CRÔNICAS

O capeta em Dourados: os castigos e os jesuítas

Em: 05 de Setembro de 2010 Visualizações: 44021
O capeta em Dourados: os castigos e os jesuítas

Aqui em Dourados (MS) não se fala de outra coisa. “O Capeta tomou conta da cidade” – confidencia em tom alarmista a vendedora da Sapataria Bianca, onde entrei para comprar uma sandália. Ela é da Igreja Universal e jura que o Capiroto – isso mesmo, ele, Lúcifer – entrou no corpo do prefeito e de mais 29 pessoas, incluindo a primeira dama, o vice-prefeito, o presidente da Câmara, nove vereadores, alguns secretários e outros políticos, todos eles presos quarta-feira pela Polícia Federal, acusados de corrupção e formação de quadrilha. Na medida em que habita aqueles corpos aprisionados, o diabo também entrou em cana.

- “Vade retro, Satanás! Eu, einh! Vou agorinha para uma sessão de desencapetamento” – disse ao me despedir da vendedora. Era, em parte, verdade. De sandália nova, fui encontrar minha amiga, a linguista Ruth Monserrat, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), onde se realizava o Simpósio sobre Línguas Indígenas dentro da programação das XIII Jornadas Internacionais sobre as Missões Jesuíticas e onde havia – vocês vão ver – um cheirinho de enxofre no ar.

Esse evento reúne periodicamente, desde 1982, pesquisadores da América, Europa e Ásia, cada vez em um país diferente. Agora aconteceu no Brasil com a realização de seis mesas redondas, dez simpósios temáticos, conferências, recital de poesia, espetáculo teatral, exibição de filmes, exposição de fotos, lançamento de livros, concerto de orquestras de violões de uma aldeia indígena e outras atividades culturais. Enfim, um senhor evento, que só não teve maior repercussão na mídia, porque a quadrilha de Dourados ocupou os espaços dos jornais.

Durante uma semana, historiadores, antropólogos, linguistas, arqueólogos, cientistas sociais, museólogos, arquitetos, teólogos e especialistas de quinze países discutiram “o papel ambivalente e contraditório da missão”, como destacou a antropóloga Graciela Chamorro, professora da UFGD que organizou o encontro. Os pesquisadores indígenas apresentaram seus trabalhos, em suas respectivas línguas com tradução simultânea.

DNA da Cultura

Quem apareceu com o nome de José Lúcifer no simpósio sobre línguas indígenas foi o Capiroto, isso eu vi, mas o que não sei é se ele deu também o ar de sua graça nos outros que abordaram temas diferentes: poder colonial, trabalho dos índios, práticas missionárias, educação jesuítica, catequese, memória e patrimônio, gestão de museus e sítios arqueológicos, territorialidade, fronteiras e conflitos por terras.

A presença do Tinhoso precisa ser contextualizada. Ele baixou numa sessão na qual a língua foi apresentada como uma espécie de DNA da cultura e da história, na medida em que registra, como um sismógrafo, todas as transformações sociais. “As palavras vivas conservam as marcas de sua transformação” – explicou Bartomeu Meliá, um dos maiores conhecedores da língua Guarani, para quem a história de um povo pode ser encontrada nas palavras mais significativas ou nas grandes mudanças sofridas por elas através dos tempos.

Convencidos disso, os pesquisadores começaram a buscar nos arquivos documentos em línguas indígenas, quase sempre de origem missionária: dicionários, gramáticas, orações, catecismos e outros textos pastorais. Só na Língua Geral Amazônica já foram localizados rios de palavras em oito dicionários do século XVIII que podem ajudar a entender a história da região – diz Cândida Barros, do Museu Goeldi do Pará, uma das organizadoras do simpósio.

Os resultados desses trabalhos apresentados na XIII Jornadas Internacionais permitem compreender melhor a vida cotidiana, a economia, a religião, a política, o sistema de parentesco, o poder e a autoridade, a alimentação, as concepções de doenças e as práticas de cura, as vestimentas, as pinturas e os adornos corporais dos povos que falavam – alguns continuam falando - essas línguas.

Um exemplo interessante foi apresentado por linguistas da Universidade de Kiel, na Alemanha, que criaram o Projeto Kuatia Ymaguare (Peky) para estudar o guarani. “A busca sistemática de documentos tratando da vida diária nas reduções jesuíticas, mas também dos índios que estavam fora do controle missionário, nos proporcionou uma colheita inesperadamente rica de textos” – informou o lingüista Harald Thun.

A Universidade de Kiel vai editar esses manuscritos, que contém cartas escritas por índios, manuais de medicina e tratados sobre a organização das missões e sua relação com o mundo externo, tudo em língua guarani. Um deles, estudado pela lingüista Angélica Otazu é o Manuscrito Villodas, um dos poucos em que os jesuítas reconhecem o valor da cultura indígena, revelando que aprenderam com os guaranis algumas práticas médicas e, sobretudo, as formas de diagnosticar doenças, o tipo e a duração do tratamento, bem como uma classificação das plantas medicinais. A obra contém 205 receitas e vai ser editada num livro bilíngüe.

Pedro Moreno

Outro documento é o Manuscrito Gülich, uma enciclopédia da vida diária nas Reduções, que descreve a construção de casas e igrejas, a agricultura e a criação de gado, a produção de conservas e até a cozinha, assim como os conflitos internos causados pelo sistema jurídico especial, pelo paternalismo dos religiosos e pelos castigos corporais infligidos aos índios.

Harald Thun contrapôs os dados desse documento às informações proporcionadas por dois jesuítas do século XVIII, um deles o padre Antônio Sepp que justifica assim a ‘paudagogia’ dos missionários:

 - “É preciso instigar os índios com palavras e até com o chicote; um índio chicoteia o outro por ordem do missionário, como faz o professor com o aluno, de tal sorte que a pessoa castigada jamais se queixa nem dá o menor sinal de impaciência; ao contrário, depois de receberem os açoites, procuram o padre, beijam a sua mão e dizem: ‘Senhor Padre, aguyó beté yebis, que quer dizer: agradeço mil vezes as chicotadas que me corrigiram e me fizeram aprender a ter juízo”.

O segundo depoimento do padre Parras faria delirar a procuradora Vera Gomes, que em maio desse ano espancou uma criança por ela adotada, num episódio de repercussão nacional:

“(Os índios) internalizaram tão profundamente a ideia de que o castigo é um sinal de amor, que de vez em quando um índio vem se queixar ao padre porque não era castigado, o que era sinal de que não era amado e, então, o padre mandava dar-lhe 25 chicotadas, aplicadas sempre publicamente, no meio da praça”.

Os textos trabalhados por Harald Thun relativizam esse “amor pelo chicote”, embora permaneçam ainda hoje vestígios de seu uso em algumas comunidades indígenas. Entre os Chiquitanos, um povo que habita as terras baixas da Bolivia, o chicote – essa invenção diabólica – tem até nome de gente. Ele é conhecido como Professor Pedro Moreno, que “saca lo malo y pone lo bueno”.

Mas a presença do Capiroto se revelou mesmo foi na documentação apresentada por uma lingüista austríaca, Sieglinde Falkinger, pesquisadora da língua Chiquitana, que se tornou a língua de catequese de dez povos que viviam nas Reduções Jesuíticas. Foi nessa língua que no século XVIII foram escritos os sermões, que ainda hoje são apresentados pelos índios nas portas das igrejas durante as 50 festas religiosas que se celebram ao longo do ano.

O projeto de Recopilação e Documentação dos Sermões Chiquitanos iniciado em dezembro de 2008 está encontrando nas comunidades indígenas uma grande quantidade de textos escritos pelos próprios índios, que estão sendo agora organizados, tratados e transcritos. É num deles que aparece o diabo com o nome de José Lúcifer, fazendo suas estripulias. Meu espaço acabou, mas um dia eu ainda conto as histórias que Sieglinde Falkinger e a chiquitana Silvia nos contaram.

 

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32 Comentário(s)

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Valdevino Cardoso comentou:
10/07/2011
Socorro..socorro..o capeta anda solto! De Dourados para Aquidauana. Fraudes, desvios de verbas, contratações de funcionários fantasmas, super faturamentos de obras, etc,etc, o nosso prefeito é o verdadeiro instrumento de Satanás. Já foi afastado 3 vezez em menos de 2 meses, mas, os soldados do demônio o conduzem ao cargo novamente. Itukówity é a nossa solução. saudações Terena
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jprwzao comentou:
08/12/2010
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xrliru comentou:
04/12/2010
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Eduard (Blog da Amazonia) comentou:
16/09/2010
Tratamento aquem do qualidade do assunto, comparações equivacadas para pessoa que se diz pesquisador,na teologia ja se usa a máxima:um texto no contexto para nao virar pretesto. Comparar castigos fisicos aplicados na epoca ao caso da juiza é simplesmente ridiculo, eram outros tempos. Ate questao de 50 anos era aplicada palmatória,era aceito como correto.Agora imagine a 300 anos atraz.Nao me venha com sensacionalismo professor, essa é coisa da midia que precisa de audiencia, não do meio academico
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Rosi Waikhon (1) comentou:
16/09/2010
Nooossa professor.Não sabia que alguns leitores reclamam quando escreve sobre índios. Eu, pelo contrário,adoooro e muito,mas sei que cada um é livre de gostar ou não.Tem gente que não gosta do que nós indígenas escrevemos. Acham que faltam palavras clássicas da língua portuguesa, além disso acham que índios não podem escrever, usar roupa ou celular, nem frequentar academia ... enfim para muitos "índio não pode", pois se escreve e estuda, se usa equipamentos tecnológicos... já não é mais índio.
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Rosi Waikhon (2) comentou:
16/09/2010
Essas pessoas esqueceram que existe uma tal de diversidade cultural, cronologia do tempo, incorporação de novos hábitos culturais... Não só entre nós indígenas, no mundo inteiro, já pensou se brasileiros comendo tal de" Sushi", escrevendo Buffet, coffee breack ... rsrs deixassem de ser brasileiros? Tem muita gente que deveria ser alfabetizada na Academia indígena para conhecer um pouco da nossa, literatura, matemática... enfim nossa ciência. Voltando ao assunto, gosto muito do que escreve.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
11/09/2010
XIIIIIIII NO RECADO PARA O CARLOS ESQUECI DE COLOCAR O MEU NOME. ASSUMO QUE O ESCREVI
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Moradores de Manicoré (1) comentou:
10/09/2010
A mesma coisa é no municipio de Manicoré-Am, SATANÁS baixou desde o ano passado no tal de prefeito em exercicio sr.lucio flavio.Ak ta uma vergonha,a cidade esta abandonada,desde 2009 não tem merenda escolar nas escolas municipais,não tem transporte escolar para os alunos, as ruas da cidade estão 90% às escuras,mato e lixo por toda a parte, o próprio prefeito comenta aqui nos quatros cantos que gastou no mês passado mais de 1 milhão e 500 mil reais só para se manter no cargo.
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Moradores de Manicoré (2) comentou:
10/09/2010
A cidade esta um verdadeiro descaso, o prefeito em exercicio está sendo acusado de ter armado esquema sujo com seus amigos p/mandar prender pessoas inocentes no ano passado em Manicoré, inclusive o presidente da câmara,acusando como responsável pelo atentado. Enfim é muita bandidagem. Policia,nem a justiça nada fazem. O POVO DE MANICORÉ QUER UMA NOVA ELEIÇÃO PARA PREFEITO URGENTE, CLAMAMOS POR JUSTIÇA. O povo não aguenta mais, queremos PAZ.ALô DATENA DA BAND-VENHA FAZER URGENTE UMA REPORTAGEM EM
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comentou:
10/09/2010
CARLOS VC NÃO ACHA ESTRANHO QUE VÁRIAS PESSOAS TENHAM POSTADO ELOGIANDO O TEXTO DO BESSA E SÓ VC O CHAMA DE BOBO. NO MEU ENTENDER É VC QUE IGNORA MUITOS ASSUNTOS. O BESSA, DIVULGA, COM HUMOR, ASSUNTOS CIENTÍFÍCOS E OS ARTICULA COM CRÍTICA POLÍTICA
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Rosi Waikhon (1) comentou:
10/09/2010
Professor essa é boa: a "Paudagogia dos Missionários". Os indios do Rio Negro também foram contemplados nessa ‘paudagogia’. Cada palavra no idioma indígena era punida com um cascudo. Esses eram os "prêmios" que davam para quem falava língua indígena. Essa metodologia intimidou a geração de meus país, que proibiram a aprendizagem do idioma indigena para que não ganhássemos os "premios "doloridos na escola. Bastava os que recebiamos nos erros cotidiano de criança
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Rosi Waikhon (2) comentou:
10/09/2010
A paulada na cabeça ou em qualquer lugar do corpo pintava na certa, um errava e todos pagavam . O pior era quando errava um mistério do rosário... E meus pais diziam: " foi assim que aprendi com os missionarios". Eu bem que desconfiei, professor, que havia muita historia atrás disso tudo, pois nas historias de meu bisavô, a educação não era assim...ufa poderia escrever tantas coisa enfim gostei da crônica. Parabéns!!
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Rosi Waikhon comentou:
10/09/2010
Professor essa é boa: "Paudagogia dos Missionarios" Os indios do Rio Negro também foram contemplados nessa. Cada palavra no idioma indigena, "cascudo" eram os "prêmios" e a metodologia intimidou a geraçao de meus país, que proibiram a aprendizagem do idioma indigena para que não ganhassemos os "premios "doloridos na escola. Bastasse os que recebiamos nos erros cotidiano de criança. A paulada na cabeça ou em qualquer lugar do corpo,pintava na certa, um errava e todos pagavam . O pior era quand
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Paulão (Blog da Amazonia) comentou:
09/09/2010
Como o brasileiro e ingenuo, em todas as cidades do pais, isso ocorre normalmente, mais, Dourados ainda esta de parabens, pois, somente 80% dos politicos eh que estao envolvido, em algumas cidades chega aos 100%. e ninguem fala nada. abraco.
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Carlos (Blog da Amazonia) comentou:
09/09/2010
Que texto bobo. toda essa bobagem de capeta pra falar de uma assunto bem pouco interessante
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Daniel Munduruku comentou:
08/09/2010
Uma bela crònica de um grande professor
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Roberto (Blog do Sarafa) comentou:
07/09/2010
Sr. Ribamar! Gostaria que comentasse o episódio do Sr. Braz Silva, uma vez que V.Sa., o faz com muita propriedade e isenção. Sds
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Mauro Gomes da Costa comentou:
06/09/2010
Prof. Bessa, Foi um prazer ouvi-lo em um dos simpósios na XIII Jornadas Internacionais das Missões Jesuíticas em Dourados, MS- "O jabuti somos nós": língua e identidade no Rio Negro.
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Andrea Sales comentou:
06/09/2010
Realmente um evento grandioso mas que ficou menos comentado por causa do cheiro de enchofre no ar!!! E sem falar do silêncio dos inocentes de parte dos moradores de Dourados. Mas sempre têm indignados como nós que nos alertam com a realidade. Parabéns Bessa!
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fernando silva comentou:
05/09/2010
prof.temos um projeto de implantação de lingua sateré-maué em parintins,na escola de idiomas Aldair kimura seixas .como ensino de idiomas,e toda contribuição sera bem vinda.abraço
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Vânia Novoa Tadros 3 comentou:
05/09/2010
( CONTINUANDO )...PARA OS EDUARDISTAS DO AMAZONAS O CAPIROTO TENTOU O PASTOR JONATHAS CÂMARA PORQUE ESTE APARECEU NO HORÁRIO ELEITORAL ELOGIANDO O SENADOR ARTHUR NETO.
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Vânia Novoa Tadros 2 comentou:
05/09/2010
AONDE TAMBÉM O CAPIROTO ATUOU FOI AQUI EM MANAUS. O JORNALISTA BRAZ SILVA FOI PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL DENTRO DA RÁDIO RIO MAR. EM SEU CARRO FORAM ENCONTRADAS CAMISETAS RELACIONADAS À INJUSTA CAMPANHA INJURIOSA CONTRA O CANDIDATO AO GOVERNO QUE ESTÁ EM PRIMEIRO LUGAR NAS PESQUISAS.
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Vânia Novoa Tadros 2 comentou:
05/09/2010
AONDE TAMBÉM O CAPIROTO ATUOU FOI AQUI EM MANAUS. O JORNALISTA BRAZ SILVA FOI PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL DENTRO DA RÁDIO RIO MAR. EM SEU CARRO FORAM ENCONTRADAS CAMISETAS RELACIONADAS À INJUSTA CAMPANHA INJURIOSA CONTRA O CANDIDATO AO GOVERNO QUE ESTÁ EM PRIMEIRO LUGAR NAS PESQUISAS.
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Vânia Novoa Tadros comentou:
05/09/2010
Bessa parabéns pela crônica e participação no seminário sobre as Missões Jesuíticas. Deu saudade das nossas aulas sobre o Regimento das Missôes, encontros com Pe Oscar Beozzo.... Mas o inédito hoje foi o meu mestre comprar sandálias novas! Não me diz que jogastes as tuas históricas no lixo. Aí é demais.... Lá do céu a Prof Maria Eulália não vai reconhecer mais os teus dedinhos.
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Alexandre (1) comentou:
05/09/2010
Prof. Bessa, como sempre nos presenteando com seus belos textos! À PROPÓSITO, trechos de palavras do Torém dos Tremembé do Ceará, faladas em língua indígena, encontram-se sendo cantadas nos rituais deles, mesmo sem sabermos ao certo seus significados literais, ganham novos sentidos quando contextualizados no movimento de afirmação étnica contemporânea...
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Alexandre (2) comentou:
05/09/2010
Isso corrobora com trecho em que Bessa nos conta desta incorporação, nas línguas indígenas, de toda a história e memória destes povos, neste caso, mesmo com a perda de um sentido literal, suas dinâmicas culturais se responsabilizam por estes novos significados. E quanto ao Mocororó, prof. Bessa, que haja muito pra todos nós, inclusive, a safra desse ano, que agora se inicia pras bandas de cá, promete! Um abração direto do Siará!
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Gabriel França comentou:
05/09/2010
Seu Ribamar, seu Ribamar, olhe lá, não fique brincando com o Capeta, como se ele não existisse, ele existe e pode te acertar.
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Alexandre comentou:
05/09/2010
Prof. Bessa, como sempre nos presenteando com seus belos textos! À PROPÓSITO, trechos de palavras do Torém dos Tremembé do Ceará, faladas em língua indígena, encontram-se sendo cantadas nos rituais deles, mesmo sem sabermos ao certo seus significados literais, ganham novos sentidos quando contextualizados no movimento de afirmação étnica contemporânea... Isso corrobora com trecho em que Bessa nos conta desta incorporação, nas línguas indígenas, de toda a história e memória destes povos, ne
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Edmundo Pereira comentou:
05/09/2010
É, como disse o velho Rosa: "o diabo na rua no meio do redemunho"! Ontem e hoje, tentando nossas vaidades e investindo, com certa competência, na proliferação da ignorância. Mas, como o batalhão de arcanjos também não é pequeno, e também toma corpos e mentes, seguimos da construção de dias melhores.
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Esteban comentou:
05/09/2010
Querido amigo do Thiago,parafraseando a Sócrates: só sei que sou ignorante. Mas, como o filósofo grego, tenho infinito desejo de conhecer. Uns dos assuntos pelos quais minha alma se excita é a questão indígena: sua cultura, sua língua, sua (muitas vezes ignorada) existência. Que inveja, como teria curtido a participação num evento como o de Dourados. Agradeço-lhe sua iniciativa em compartir conosco esses pequenos detalhes que fazem parte (muitas vezes oculta) da nossa realidade brasileira.
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Esteban comentou:
05/09/2010
Querido amigo do Thiago, Parafraseando a Sócrates: só sei que sou um ignorante. Mas, como o grande filósofo grego, tenho um infinito desejo de conhecer. Uns dos assuntos pelos quais minha alma se excita é a questão indígena: sua cultura, sua língua, sua (muitas vezes ignorada) existência. Que inveja, como teria curtido e aproveitado a participação num evento como o de Dourados. Caro companheiro, agradeço-lhe sua iniciativa em compartir conosco esses pequenos detalhes que fazem parte (muitas vez
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Giêr Memória comentou:
04/09/2010
Lendo a crônica de Ribamar, lembrei-me das aulas de literatura colonial brasileira que confirma, como elucidado no texto acima, as práticas culturais indígenas sendo arrasada pela cultura do colonizador. A passagem que lembro diz à respeito das práticas mortuárias praticas pelos indígenas. A antropofagia deixou de ser pratica por alguns pela fato de os indígenas comparar o enterrramento como uma forma mais cruel de aplicação de morte, esta, praticada pelos colonizadores. Brilhante elucidação
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